“Não foi por meio da Defensoria mais tive que “brigar” com os assessores do secretário de saúde para ter os dois medicamentos”, disse a paciente, que depois de várias tentativas recebeu os remédios na manhã de ontem.
Mas nem todas as pessoas tem a mesma sorte que Irene e ficam à mercê da saúde pública. A Secretaria de Assistência à Saúde Mental de Dourados mantém apenas um médico para atender os pacientes que sofrem de algum distúrbio mental ou psicológico. O profissional libera apenas quatro receitas médicas por dia, quando a demanda por remédios é bem superior ao atendimento oferecido pelo município. A secretaria chegou a ter três médicos, mas dois deles pediram demissão e não houve contratação para substituí-los.
Mesmo assim, os poucos pacientes com receita em mãos só estão conseguindo remédio via Defensoria Pública. Por ser de uso contínuo, eles não precisam passar por consulta médica e só retiram a receita a cada 20 a 30 dias. Como o atendimento é de apenas quatro pessoas, pacientes estão desistindo do tratamento médico.
Medicamento básico de combate a depressão, como o Cloridrato de Fluoxetina está em falta há mais de dois meses, segundo diz os pacientes que procuram a farmácia da saúde mental. O preço desse remédio varia de acordo com o fornecedor de laboratório, sendo encontrado nas farmácias convencionais entre R$ 35 a R$ 50, com 28 comprimidos. Recentemente a Secretaria Municipal de Saúde recebeu a remessa dos medicamentos licitados em pregão. Foram comprados R$ 1,1 milhão de remédios. A reportagem procurou, ontem, o secretário Mário Eduardo Rocha para esclarecer o problema na saúde mental, mas ele não foi encontrado.
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