Mais de dezoito mil internautas já visitaram a Exposição Pioneiros em apenas três dias. Desde que entrou no ar, em 28 de janeiro, a mostra atraiu visitas virtuais de vários estados do Brasil, além de países como Estados Unidos, Japão, Canadá, Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido. A mostra também atraiu a atenção de sites do Brasil inteiro, incluindo de publicações especializadas em estradas de ferros, como a publicação Revista Ferroviária.
As fotografias da exposição virtual Pioneiros foram feitas por Carlos Silva Mattos (1902-1999) com uma câmera Rolleiflex. Ele trabalhou na administração da extinta Ferrovia Noroeste do Brasil, no sul do território do então Mato Grosso unificado, entre Três Lagoas e Corumbá e também no ramal de Campo Grande a Ponta Porã.
Sob o olhar de Carlos Silva Mattos, que nasceu em Taubaté (SP) e trabalhou 37 anos na Noroeste do Brasil, a exposição revela relíquias históricas de valor inestimável. As fotos são inéditas.
Há registros de estradas sendo preparadas para receber os dormentes, pontes em fase de conclusão, como a que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul, sobre o Rio Paraná e a construção dos prédios da Esplanada da Estação Ferroviária em Campo Grande.
Ferrovia- Com 1.622 quilômetros de extensão, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (N.O.B) foi construída na primeira metade do Século XX . Seu traçado também liga a região central do Estado de São Paulo, a partir de Bauru, até a fronteira do Brasil com Bolívia, em Corumbá, Mato Grosso do Sul.
A ferrovia faz a integração com a Rede Ferroviária Boliviana, a partir de Corumbá, até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A Noroeste também tinha um ramal entre Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a Ponta Porã, na fronteira do Brasil com o Paraguai.
A ideia da linha férrea era retirar do isolamento esta parte do Centro-Oeste brasileiro e interligar Mato Grosso Uno a São Paulo, por Bauru, onde se fazia baldeação com a Estrada de Ferro Sorocabana e também com a Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
“É lamentável e até revoltante que o fruto do trabalho de milhares de pessoas, como Carlos Silva Mattos, se transformou em um quadro de abandono e decadência atualmente”, diz o jornalista Paulo Renato Coelho Netto.
Para o jornalista, no Brasil ainda prevalece a cultura da destruição. “Destruir é muito mais fácil que construir. Existe uma mentalidade predadora vigente no país que faz com que patrimônios como a Noroeste sejam descartados quase que naturalmente”, avalia.
Exposição– O acervo pertence a Carlos Iracy Coelho Netto. Pioneiros apresenta 66 fotografias em preto e branco que foram digitalizadas e restauradas. O apoio cultural é da Clan Color de Campo Grande. A mostra está no site www.paulorenato.net.br.
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