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Estudo avalia estrutura de armazenagem agrícola em MS

19 Jul 2004 - 09h39
O problema de armazenagem, que tem sido o principal obstáculo para os produtores de Mato Grosso do Sul, já tem um diagnóstico completo. A Câmara Setorial de Armazenagem, Logística e Transportes de Mato Grosso do Sul encomendou estudo para tentar solucionar a questão em médio prazo.

O estudo, que começou em dezembro do ano passado, foi concluído e apresentado, na última quarta-feira, na sede do Sebrae/MS, durante reunião da Câmara Setorial. Conforme explicou o coordenador da Câmara, Carlos Eduardo Duppas, “nos últimos dois anos a produção agrícola vem crescendo grandemente".

Como não existia nenhum estudo atual referente a essa questão de armazenagem – os últimos levantamentos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), datam de 1997 – esse tipo de trabalho virá a contribuir com a estruturação do Estado na hora de investir em novas estruturas para a armazenagem desses grãos”.

Após uma análise global da capacidade de armazenagem total existente o estudo identificou os déficits dessa estrutura bem como o potencial de crescimento da produção e ainda estimou custos para futuros empreendimentos. “Todo esse trabalho não teria sido concluído sem a parceria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Sebrae/MS. São órgãos que compreenderam a necessidade de um estudo mais amplo sobre essa questão que é de extrema relevância para os agricultores do Estado”, acrescenta o superintendente de Agricultura e Pecuária da Secretaria da Produção e do Turismo (Seprotur), Benedito Mário Lázaro.


Panorama

Com base no banco de dados apresentados pela Conab, estimulou-se, através do fluxo de produção e comercialização de grãos apresentados no ano passado, que 60% da soja produzida anualmente seja estocada, 30% da produção anual de soja ainda esteja estocada no início da safrinha e 28% da produção de milho safrinha seja carregada até o início da colheita de verão do ano seguinte.

“Esse resultado aponta que, o pico da necessidade de armazenamento no Estado, ocorre no mês de abril. O ponto extremo chega a 75% caso seja considerado os 28% da produção de safrinha do ano anterior”, explica uma das integrantes da equipe de pesquisa, a engenheira agrônoma Silvia Caleman.

A partir dessas informações Mato Grosso do Sul foi dividido em 11 regiões de abrangência da oferta de armazéns onde foram calculados os déficits e ociosidades de cada grupo – são elas: Três Lagoas, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste, Campo Grande, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Bonito, Corumbá, Miranda e Sonora.

Conforme o estudo, a atual estrutura de armazenagem no Estado é composta predominantemente por armazéns do tipo graneleiros e silos, que representam juntos 88% do total da capacidade disponível em Mato Grosso do Sul – cerca de 4,1 mil toneladas. Já os armazéns convencionais somam apenas 11% desse total.

Em termos de localização das unidades de armazenamento – perímetro urbano e rural – as proporções apontam que 53% estão localizados na área rural, 11% dentro das fazendas, e 47% no urbano. “Em termos ideais, seria mais eficiente uma maior proporção de unidades na zona rural, de preferência, dentro das fazendas”, frisa Silvia Caleman.


Resultados

Para fins de previsão da necessidade de armazenamento, considerou-se que 75% da produção de soja e de milho e 100% da produção de trigo precisam ser estocados em armazéns graneleiros e silos, sendo que no caso do arroz, os armazéns são exclusivos. Chegou-se então aos seguintes resultados: levando em conta a produção total estimada para 2004, aproximadamente 6,9 milhões de toneladas, o déficit chega próximo a um milhão.

Enquanto isso o arroz, com produção total estimada para esse ano em 268,69 toneladas, o déficit é de 188,5 em todo o Estado. Nas perspectivas para os próximos cinco anos a tendência também é de crescimento da falta de espaço para as próximas safras.

A região de Dourados, tradicionalmente conhecida como principal pólo de agricultura comercial é também a região com maior potencial de crescimento, onde estima-se uma capacidade de duplicação da atual produção para os próximos anos. É exatamente aí que está o problema: só no caso da soja, milho e trigo o déficit no armazenamento esse ano é de 980 toneladas.


Investimentos

Seguindo as projeções de déficits de estruturas de armazenamento calculadas, foi dimensionada a necessidade de recursos para adequar a produção com a capacidade de armazenagem. A estimativa de investimento em Mato Grosso do Sul chegou a R$ 713,9 mil. A aplicação seria dividida da seguinte forma: R$ 436,7 mil dentro da fazenda e R$ 277,2 nos centros urbanos.

Se levada em conta às ações do Programa de Expansão de Áreas Agrícolas do Estado (Expansul), que tem a finalidade de aumentar a área cultivada com lavouras – aproximadamente 400 hectares/ano, estimando alcançar três mil em 2006 e cinco mil em 2010 – esse investimento subiria para R$ 1,7 milhões sendo direcionado para o campo e para cidade R$ 1,04 milhões e R$661,2 mil, respectivamente.
 
 
Agência Popular

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