O homem que matou a facadas a menina Daiane de Jesus, de 13 anos de idade, crime hediondo cometido dia 29 de setembro no pequeno povoado de Culturama, distrito de Fátima do Sul, cometeu outra barbaridade: praticou sexo anal com o cadáver, crime classificado como necrofilia. O laudo da necropsia feita pelo IML (Instituto Médico Legal) de Dourados comprova o fato, segundo afirmou o delegado Antenor Camargo Leme.
O laudo ficou pronto hoje (5). Os peritos têm certeza que o ato sexual foi praticado após a menina ter sido assassinada porque havia ferimentos no ânus, porém sem sangramento. Isso ocorre porque já não havia circulação sanguínea. E depois de matar e abusar sexualmente, o criminoso ainda teve o cuidado de recompor as roupas do cadáver para tentar despistar a Polícia.
O principal suspeito do crime brutal que chocou todo o Estado é o tio da menina, José Alves dos Santos. Ele está desaparecido desde a data do ocorrido. Além de matar Daiane, a Polícia afirma que José Alves também esfaqueou a própria irmã (mãe de Daiane), Maria Lúcia, que se recupera de uma cirurgia complicada para reconstituição da garganta. Ela sofreu duas facadas no pescoço que por pouco não atingiram a artéria, o que seria fatal.
Após esfaquear a irmã, José Alves avançou contra a sobrinha, que dormia no quarto e pode ter acordado ouvindo o barulho vindo da cozinha. Quando sofreu a primeira facada, no pescoço, a menina estava sentada na cama, concluiu a Polícia. O sangue espirrado nas paredes e até os joelhos da vítima confirmam a versão da perícia. Com o golpe ela caiu de costas e o assassino acertou-lhe mais três golpes, todos na cabeça. Era pouco mais das 6h do dia 29.
Já sem vida, o corpo da menina teria sido disposto de bruços e abusado sexualmente. Depois, o assassino recompôs as roupas da menina e fugiu. José Alves não levou nem roupas, sequer a carteira com os documentos. Mas o delegado está convencido de que foi ele o assassino e também que premeditou matar tanto a irmã quanto a sobrinha.
Foi Jotanan, irmão de Daiane e filho de Maria Lúcia, quem encontrou a mãe agonizando na cozinha da casa e tratou de chamar por socorro. Ele havia saído por volta das 6h para ordenhar vacas em um curral nas redondezas e retornou às 7h para tomar o café da manhã. Jonatan assegura que deixou o tio, a mãe e a irmã dormindo quando saiu.
O delegado pediu a prisão preventiva de José Alves, porém o juiz entendeu que não há provas materiais consistentes e decretou apenas a prisão temporária, que dura por cinco dias a partir da prisão do suspeito. As buscas prosseguem por toda a região, o delegado disse que não há pistas do paradeiro de José Alves, já procurou nas casas de parentes e todos garantem que não sabem dele.
José Alves já foi condenado em 1998 por estuprar a própria filha, de 9 anos de idade. Por esse crime cumpriu apenas três anos de pena em liberdade relativa, pois convenceu o juiz de que sofria de esquizofrenia.
O laudo não especifica se foi colhido material genético do cadáver para elaboração do exame de DNA, o que pode ser prova cabal contra José Alves. O delegado disse que faria contato ainda hoje com os peritos para ter essa informação.
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