A falta de chuva nos últimos dias 15 dias em algumas regiões de Dourados e o calor intenso, têm deixado vários produtores e técnicos da área agrícola bastante apreensivos. A soja está em fase de desenvolvimento do grão e a pouca umidade pode comprometer a qualidade da produção. Para os produtores isso seria uma frustração já que até agora não houve motivo para preocupação, pois o clima tem colaborado bastante com a safra atual. “Essa apreensão se justifica porque até há poucos dias tem chovido de uma forma que ajudou a desenvolver a lavoura. O que torna os produtores apreensivos, é que uma estiagem numa fase importante da soja, onde o grão está se desenvolvendo pode frustrar a qualidade da produção”, explica o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados (Aeagran), Bruno Tomanizi.
Ele diz que em algumas áreas a chuva tem sido escassa, enquanto que em outras, chove com mais frequencia. “Nas áreas onde tem chovido pouco a apreensão é maior, já que muitos produtores planejam recuperar parte dos prejuízos das safras passadas nesta atual”, disse. A colheita da safra atual está prevista para começar nos primeiros dias de fevereiro, e se estende até começo de março. Nesta fase também muitos produtores que já colheram a soja começam a semear o milho segunda safra (safrinha). A data do zoneamento do milho está marcada para 10 de março.
PRODUÇÃO
A previsão feita pelos técnicos da área agrícola junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) é que Dourados deve colher na safra atual de soja 436.800 mil toneladas de grãos. Dourados manteve a área da safra 2009/2010, que foi de 140 mil hectares. O rendimento médio previsto é de 3.120 quilos por hectares. O cenário de incertezas quanto à rentabilidade da produção de soja, levou muitos produtores agirem com cautela no inicio desta safra. “No entanto, o clima colaborou bastante nesta safra e caso continue como foi desde o inicio, todas as previsões devem ser confirmadas”, destacou Bruno Tomazini.
OUTRO CENÁRIO
O fator incerteza diminuiu conforme o clima e o preço do grão começaram a contribuir nesta safra de verão. Tomazini lembra que o preço atual da saca da soja, de 60 quilos, em torno de R$ 44,00, tem agradado a classe produtiva, já que nos anos anteriores pagava-se até menos da metade deste valor. A expectativa é que o preço pago prevaleça até a fase da entrega a soja.
Para não correr riscos, muitos produtores já negociaram a atual safra, já que o clima e o preço deram bons sinais até agora. O agricultor César Dierings já comercializou 25% da produção, que deve ser colhida em fevereiro do ano que vem. “Você nunca vai acertar o maior preço. Também não pode correr o risco de pegar o pior preço. Então, tem que vender acompanhando o mercado, vendendo devagar para tentar fazer uma boa média”, justificou.
Em Mato Grosso do Sul mais de 30% da área plantada de soja já foi negociada com os contratos futuros. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado deve produzir nesta safra quase 5,2 milhões de toneladas de soja. Em outubro, a soja teve uma valorização de 15% na Bolsa de Chicago.
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