Em reunião promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes, especialistas e deputados defenderam nesta quarta-feira medidas preventivas contra o bullying.
O pediatra Aramis Lopes, autor do livro "Diga não ao bullying", sugeriu que, de acordo com cada faixa etária dos alunos, sejam adotadas regras claras contra o bullying e ações solidárias de valorização da diversidade.
Lopes observou que a prática de intimidação ocorre em todas as escolas, públicas ou particulares, e citou estudos segundo os quais 60% das crianças presenciam ações de bullying nas escolas do Rio de Janeiro.
Conforme ele ressaltou, a sociedade deve se conscientizar de que esse é um problema sério que pode deixar sequelas psicológicas na vida adulta da vítima.
O médico também defendeu o uso de medidas legais para obrigar as instituições públicas e privadas de ensino a adotarem, em seu planejamento, políticas de prevenção ao bullying.
"Isso deve ser um trabalho contínuo, permanente e capaz de mudar um comportamento social que já existe há muito tempo.
O nosso grande desafio é mudar a partir de agora — é um trabalho longo, árduo, difícil, mas não é impossível, nem é caro. É viável para todo e qualquer governo, todo e qualquer município do Brasil", argumentou.
Mobilização
A coordenadora da frente parlamentar, deputada Liliam Sá (PR-RJ), destacou que a audiência foi o início da mobilização da Câmara para propor medidas eficazes de combate ao problema.
"Precisamos de uma ação efetiva nas escolas e principalmente em casa. Temos que fazer com que o governo federal comece uma grande campanha de prevenção", afirmou.
Campanha
O presidente da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, destacou que a depressão na idade adulta é um dos sintomas apresentados pelas vítimas de perseguições na infância, como o bullying.
Ele defendeu a necessidade de valorização da escola e do professor e campanhas para tornar os adultos menos tolerantes com qualquer tipo de afronta, como forma eficiente de enfrentar o bullying.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, recomendou que as escolas se transformem em lugares de debate com a comunidade, e não em fortalezas com detectores de metais e outras medidas policiais.
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