Os resultados de dois indicadores divulgados em julho deste ano pelo MEC (Ministério da Educação) retrataram alguns problemas da educação escolar indígena no Brasil. No Enem 2009, a escola indígena Dom Pedro I, no Amazonas, foi a pior colocada do Brasil. No Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2009 duas das 15 piores escolas do Estado de São Paulo estão neste tipo de comunidade, a Djekupe Amba Arandy e a Guarani Gwyra Pepo.
No meio da floresta amazônica, no município de Santo Antonio do Içá está a Dom Pedro I, com nota 249 no Enem. Para se ter uma dimensão da diferença com outros centros educacionais, a segunda pior nota do país foi 307, de um colégio do Mato Grosso. O melhor colégio do Brasil foi o Vértice, instituição privada em São Paulo cuja nota chegou a 749 pontos.
Na zona norte da capital paulista, em plena zona urbana, a Djekupe Amba Arandy ficou classificada como a pior instituição de ensino fundamental de 1ª a 4ª série do Estado, segundo o Ideb. A nota do colégio foi 2,5 em uma escala de zero a dez. Na lanterna do ranking também está a Guarani Gwyra Pepo, com 3,3 pontos. A primeira colocada entre as públicas fica na cidade de Cajuru, e tirou nota 9,0.
Sem comparação
Rossieli Silva, diretor do departamento de planejamento da secretaria estadual de educação do Amazonas, diz que não é possível comparar o rendimento das escolas porque, apesar de indígenas, elas não têm o mesmo estilo. Ele explica que, para ser classificado como indígena, basta denominar-se assim no Censo Escolar (compilação de dados feita pelo MEC).
- Não posso fazer comparação com uma escola de São Paulo que se diz indígena. Essa comparação não serve. Existem escolas que informam erroneamente.
Além disso, Silva não concorda com a prova do Enem como base de comparação. Ele diz que o Enem avalia o aluno, e não a escola, e que os índios têm outro tipo de conhecimento que não o exigido na prova.
- Estamos levando educação para um lugar novo, mas sempre respeitando a cultura indígena.
São Paulo
Em São Paulo há 53 escolas indígenas, de acordo com o censo escolar 2009. No entanto, Jatiaci Fernandes, diretora da Djekupe, disse que somente essas duas participaram da avaliação.
Ela diz não entender o péssimo resultado de seus alunos. Mesmo assim, houve um progresso no ensino fundamental entre 2008 e 2009, “estão esperávamos uma boa nota”, afirma a diretora.
Governo
A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo diz não reconhecer os indicadores e que “não é possível a participação dessas escolas em avaliações que não têm indicadores próprios para que seja revelada a identidade e qualidade da escola indígena que é uma escola intercultural e bilíngue, diferente de todas as escolas da rede pública”.
Ainda segundo a secretaria, as escolas estaduais indígenas paulistas não farão mais a prova do Ideb, do Enem e do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado e São Paulo), “pois o currículo da escola indígena é diferente da escola não indígena”.
O MEC, afirma que tem investido em ações de qualificação da educação escolar indígena ,como formação de professores, produção de materiais didáticos próprios e melhoria da infraestrutura.
No meio da floresta amazônica, no município de Santo Antonio do Içá está a Dom Pedro I, com nota 249 no Enem. Para se ter uma dimensão da diferença com outros centros educacionais, a segunda pior nota do país foi 307, de um colégio do Mato Grosso. O melhor colégio do Brasil foi o Vértice, instituição privada em São Paulo cuja nota chegou a 749 pontos.
Na zona norte da capital paulista, em plena zona urbana, a Djekupe Amba Arandy ficou classificada como a pior instituição de ensino fundamental de 1ª a 4ª série do Estado, segundo o Ideb. A nota do colégio foi 2,5 em uma escala de zero a dez. Na lanterna do ranking também está a Guarani Gwyra Pepo, com 3,3 pontos. A primeira colocada entre as públicas fica na cidade de Cajuru, e tirou nota 9,0.
Sem comparação
Rossieli Silva, diretor do departamento de planejamento da secretaria estadual de educação do Amazonas, diz que não é possível comparar o rendimento das escolas porque, apesar de indígenas, elas não têm o mesmo estilo. Ele explica que, para ser classificado como indígena, basta denominar-se assim no Censo Escolar (compilação de dados feita pelo MEC).
- Não posso fazer comparação com uma escola de São Paulo que se diz indígena. Essa comparação não serve. Existem escolas que informam erroneamente.
Além disso, Silva não concorda com a prova do Enem como base de comparação. Ele diz que o Enem avalia o aluno, e não a escola, e que os índios têm outro tipo de conhecimento que não o exigido na prova.
- Estamos levando educação para um lugar novo, mas sempre respeitando a cultura indígena.
São Paulo
Em São Paulo há 53 escolas indígenas, de acordo com o censo escolar 2009. No entanto, Jatiaci Fernandes, diretora da Djekupe, disse que somente essas duas participaram da avaliação.
Ela diz não entender o péssimo resultado de seus alunos. Mesmo assim, houve um progresso no ensino fundamental entre 2008 e 2009, “estão esperávamos uma boa nota”, afirma a diretora.
Governo
A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo diz não reconhecer os indicadores e que “não é possível a participação dessas escolas em avaliações que não têm indicadores próprios para que seja revelada a identidade e qualidade da escola indígena que é uma escola intercultural e bilíngue, diferente de todas as escolas da rede pública”.
Ainda segundo a secretaria, as escolas estaduais indígenas paulistas não farão mais a prova do Ideb, do Enem e do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado e São Paulo), “pois o currículo da escola indígena é diferente da escola não indígena”.
O MEC, afirma que tem investido em ações de qualificação da educação escolar indígena ,como formação de professores, produção de materiais didáticos próprios e melhoria da infraestrutura.
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