A ONU estuda propor acordos parecidos a outros países, entre eles, Guatemala, Vietnã e Nigéria. As informações são da agência BBC Brasil. Os cerca de US$ 3,6 bilhões representam metade do que o Equador poderia ganhar com a venda do combustível. De acordo com o governo equatoriano, os campos têm capacidade para produzir 846 milhões de barris de petróleo.
A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Rebeca Grynspan, afirmou que é a primeira vez que um país se compromete com um acordo desse tipo. “A assinatura do acordo é uma medida audaciosa, vanguardista e histórica. Esse é o primeiro país do mundo a fazê-lo, mantendo permanentemente a fonte de carbono embaixo da terra, com um mecanismo efetivo e verificável”, disse.
Segundo o governo do Equador, a iniciativa deve evitar que 407 milhões de toneladas de carbono sejam lançadas na atmosfera. A Alemanha, Holanda, Noruega e Itália estão entre os países que mostraram interesse em contribuir com o fundo que pagará o Equador. A reserva de Yasuní, onde ficam os campos de petróleo, está entre as regiões com maior biodiversidade do mundo.
Com uma área de 10 mil quilômetros quadrados, a reserva abriga diversas espécies, algumas das quais só estão presentes na região. O local também abriga grupos indígenas. O petróleo é o maior produto de exportação do Equador, mas grupos de defesa do meio ambiente afirmam que a exploração tem causado danos à região amazônica.
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