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Brasil

Ensino a distância começou com cartas a agricultores

30 Set 2004 - 07h47
Por volta de 1850, agricultores e pecuaristas europeus aprendiam, por correspondência, como plantar ou qual a melhor forma de cuidar do rebanho. Esse é o começo do ensino a distância.

Essa modalidade de ensino apareceu no Brasil, timidamente, no começo do século passado, por correspondência.

Em 1934, o Instituto Monitor inicia suas atividades --esta é a instituição mais antiga em funcionamento no país a oferecer educação não-presencial. Sete anos depois, o Instituto Universal Brasileiro começou a funcionar. Nenhuma das duas empresas divulga o número de diplomas de conclusão emitidos.

O método de ambos era semelhante: iniciação profissional em áreas técnicas (cursos de vendedores, joalheiros, contadores, modistas), sem exigência de escolaridade anterior, por correspondência. Até hoje, quando a internet é vista como principal ferramenta da EAD (educação a distância), as duas entidades ainda transmitem suas aulas por apostilas enviadas pelo correio.

O motivo é o perfil do público atendido. "São pessoas em parte desempregadas, com pouca escolaridade, que não possuem acesso a um computador e muito menos internet", diz Marcos Palhares, responsável pelo departamento de marketing do Instituto Monitor.

Rádios

Antes da consolidação da EAD por aqui, destaca-se também como importante ferramenta na difusão da modalidade o rádio, importante meio de comunicação de massa. Em 1947 o Senac, junto com o Sesc e com a colaboração de emissoras associadas, criou a Universidade do Ar, em São Paulo. O objetivo era oferecer cursos comerciais radiofônicos.

Os programas, gravados em discos de vinil, eram repassados às emissoras que programavam as emissões das aulas nos radiopostos três vezes por semana. Nos dias alternados, os alunos estudavam nas apostilas e corrigiam exercícios, com o auxílio dos monitores. Na década de 1950, a Universidade do Ar chegou a atingir 318 localidades e oitenta mil alunos.

Profissionalização

Mais tarde, em 1976, foi criado o Sistema Nacional de Teleducação. O programa que operava principalmente através de ensino por correspondência, realizou, também, algumas experiências (1977/1979) com rádio e TV. Em 12 anos, o Sistema acumulou 1.403.105 matrículas, em cerca de 40 cursos diferentes.

No Brasil, fundações privadas e não-governamentais começaram a oferecer supletivo a distância na década de 70, no modelo de teleducação (telecurso), com aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos. Nessa época, o país era considerado um dos líderes da modalidade, com os pontos fortes também no Projeto SACI e Projeto Minerva, que já capacitava professores com formação, apenas, em magistério.

Entre 1988 e 1991, se deu a informatização e a reestruturação do Sistema de Teleducação, estabelecendo-se as diretrizes válidas até hoje. Foi já nesse contexto que, em 1995, o Departamento Nacional de Educação criou um setor destinado exclusivamente à EAD --o CEAD (Centro Nacional de Educação a Distância).

Futuro

Em 1995, já era impossível dissociar o futuro da EAD da internet. A partir deste ano o meio começou a ser usado pelas instituições de ensino superior, que já vislumbravam um novo mercado.

Do ponto de vista legal, têm-se em 1996 a consolidação da última reforma educacional brasileira, instaurada pela Lei nº 9.394/96. Ela oficializa a era normativa da educação a distância no Brasil pela primeira vez, como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Pela primeira vez, na história da legislação ordinária, o tema da EAD se converte em objeto formal.

As primeiras experiências bem sucedidas se deram com o início da oferta de cursos de pós-graduação, em 1997. Porém, foi só em 1999 que o MEC (Ministério da Educação) começou a se organizar para credenciar oficialmente instituições universitárias para atuar na EAD, processo que ganhou corpo em 2002.

Hoje, 33 instituições são autorizadas a ofertar cursos de graduação --30 delas voltadas para formação de professores-- e 38 de especialização. Os cursos livres e profissionalizantes, que não precisam de regulamentação, são estimados em milhares pela Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância)
 
 
Folha Online

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