Dunga admite que Brasil precisa melhorar para a Copa

O técnico Dunga admitiu nesta terça-feira (2) que o Brasil precisa melhorar para a Copa do Mundo, após a vitória por 2 a 0 sobre a Irlanda no amistoso disputado no Emirates Stadium, em Londres. O técnico reconheceu que a seleção terá de elevar o nível do seu futebol para chegar à África do Sul como uma das favoritas, mas ironizou a imprensa europeia por apontar o Brasil como principal candidato ao título enquando critica a atuação dos brasileiros na Europa.

- É uma surpresa que o Brasil seja um favorito, porque tenho lido ultimamente que todos os jogadores brasileiros estão jogando mal na Europa.

Depois de um início fraco, o Brasil melhorou e marcou com gol contra do meia irlandês Keith Andrews, ao tentar tirar um cruzamento de Robinho, impedido, aos 44 minutos. O próprio Robinho marcou aos 31 minutos do segundo tempo, após uma boa troca de passes entre Kaká e Grafite.

Mesmo com a vitória, Dunga declarou que o futebol da seleção precisa melhorar.

- Na Copa do Mundo teremos de melhorar e acelerar em alguns aspectos. Todos sabem que vamos encontrar adversários tão bons quanto o Brasil, e eles vão dar tudo. Mas levamos três anos e meio construindo este time e a maior parte das coisas está clara para nós. Temos uma equipe bem motivada, ganhamos a Copa América, nos classificamos para a Copa do Mundo, e não há razão para não estarmos felizes.

Sobre Robinho, que viveu má fase no Manchester City e agora tenta se recuperar no Santos, Dunga afirmou que o jogador é uma peça importante no seu esquema ofensivo.

- O Robinho foi decisivo aqui. Todos podem ter um momento ruim, mas precisamos motivá-los porque cada jogador pode ser importante.

O técnico da Irlanda, o italiano Giovanni Trapattoni, avaliou o confronto como equilibrado e destacou que durante 45 minutos a sua equipe jogou uma boa partida.

- Por um momento, pensei que podíamos esperar um bom resultado, mas houve este primeiro gol, em impedimento. Se o primeiro tempo tivesse terminado em 0 a 0, a atitude do Brasil na segunda etapa seria diferente.