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CATÁSTROFE

Duas mil famílias estão isoladas entre Ribas do Rio Pardo e Nova Andradina

Mais de 2 mil famílias que moram na divisa de Nova Andradina e Ribas do Rio Pardo estão isoladas

16 Mar 2011 - 07h10Por Nova News

Mais de duas mil famílias que moram na divisa dos municípios de Nova Andradina e Ribas do Rio Pardo estão isoladas desde a queda das pontes dos km 117, 190 e 152, da rodovia BR-267. As travessias foram arrancadas após a cheia do Rio Anhanduí na última semana. O único modo de locomoção tem sido através de barcos.

Nos 75 metros onde ficava a ponte do km 152, cerca de cinco barcos de produtores auxiliam os moradores na travessia. Todo o trabalho realizado é feito de forma voluntária.

A Escola Maringá, no município de Ribas do Rio Pardo teve que suspender as aulas devido às dificuldades dos alunos e servidores em chegarem até o colégio.

Rodrigo, um dos voluntários, diz que nunca viu nada parecido na região. De acordo com ele, os moradores mais antigos também se assustaram com a cheia. “Tem um senhor que mora aqui a mais de 25 anos e disse que nunca viu nada igual ao que está acontecendo”, comentou.

Após conseguirem passar pelos pontos alagados, os moradores enfrentam outro problema; a intrafegabilidade. O trecho de terra encontra-se praticamente intransitável. Além disso, muitas famílias passam horas esperando caronas à beira do rio para poderem ir à cidade.

A reportagem do Nova News e da Rádio Excelsior FM estiveram no local e puderam ver de perto as dificuldades enfrentadas pela população para chegar até o asfalto que dá acesso ao distrito de Nova Casa Verde, a cerca de 35 quilômetros. "Se alguém ficar doente aqui e precisar ir para a cidade vai morrer", lamentou uma moradora que não quis se identificar. 

R$ 5 milhões? “Não da para tapar uma cárie de dente”

Na semana passada, o Governo do Estado recebeu uma ‘recomendação’ do ministro da Integração Nacional, que esteve em Mato Grosso do Sul para sobrevoar as áreas mais atingidas pela chuva. O ministro Fernando Bezerra, após liberar R$ 5 milhões para que o Estado combata os danos, pediu para que Puccinelli deixasse de construir pontes de madeira e começasse a fazer pontes de concreto, com mais durabilidade.

Em Nova Casa Verde, o governador André Puccinelli (PMDB) ironizou o recurso liberado pelo Governo Federal, que de acordo com ele, “não da para tapar uma cárie de dente” e pediu para que o Ministério da Integração Nacional repasse mais verbas para o MS, caso queira ver pontes de concreto no Estado.

“Nós apresentamos 28 pontes destruídas. Só R$ 30 milhões da pra resolver alguma coisa. Mais as estradas. Só os pontos críticos são 1.617,05 quilômetros, além de 10 mil quilômetros de estradas vicinais. Para isso, precisa de cerca de R$ 80 milhões, mais aqueles R$ 30 milhões, são 110 milhões. Então, R$ 5 milhões não da pra tapar uma cárie de dente. Aqui nós vamos fazer pontes de concreto. Que ele [Fernando Bezerra] nos dê mais grana e não só para o Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais. Tem brasileiro no Mato Grosso do Sul também”, alfinetou.

André Puccinelli ‘brinca’ com situação do estado após chuvas

Em discurso feito durante a inauguração da Escola Estadual Luiz Carlos Sampaio, no distrito de Nova Casa Verde, André Puccinelli ‘brincou’ ao falar sobre a situação de Mato Grosso do Sul após as chuvas que assolaram o Estado recentemente.

Ele enumerou diversos danos causados pelas águas em todo o Estado e disparou: “até 2042 vai tá tudo consertado. Precisa ter calma”, disse.

De acordo com coronel Ociel Ortiz Elias, coordenador da Defesa Civil, Mato Grosso do Sul já possui mais de 100 mil pessoas afetadas pela chuva.

MS-473 fica pra depois

No ano passado, o governador havia prometido a servidores e alunos do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) que a rodovia MS-473 – que liga a cidade aos bairros Papagaio, Laranjal, São Bento e ao campus do Instituto em Nova Andradina – seria cascalhada a partir do mês de março, além de elevada a rodovia."

No entanto, Puccinelli informou nesta terça-feira ao diretor-geral do IFMS de Nova Andradina, José Junio Rodrigues de Souza, que devido os estragos causados pela chuva, os trabalhos na via serão adiados, mas finalizados até o final do ano. “A prioridade nossa é o escoamento da área de produção”, afirmou André.

Na época em que prometeu a manutenção da MS-473, o governador fez a mesma ‘brincadeira’ com os servidores e alunos do IFMS, afirmando que a pavimentação da rodovia também seria feita apenas em 2042.

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