O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, fez pouco caso do interesse do São Paulo em Nilmar. O atacante tem contrato com o MSI (Media Sports Investment), parceiro do clube alvinegro, até 2010, mas a transferência só será liberada pelo Lyon quando a dívida de 8 milhões de euros (cerca de R$ 24 milhões) for paga.
"Não acredito (que o São Paulo possa atravessar o negócio). Até quarta-feira vou viajar para Lyon para conversar com os dirigentes franceses", disse Dualib, de Londres, a um dos assessores.
A novela se estende desde maio, quando o MSI pagou 2 milhões de euros como entrada para contratar Nilmar definitivamente. O jogador estava apenas emprestado.
Como o restante não foi pago, o Lyon acionou o Corinthians na Fifa. Preocupado com a demora do MSI em resolver o assunto, o procurador de Nilmar, Orlando da Hora, pressiona.
Primeiro, ameaçou inscrever o atacante no Vilavelhense, clube do qual é proprietário, já que o cliente, de acordo com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), não tem contrato ativo no Brasil.
Depois, aconselhou Nilmar a não entregar notas fiscais referentes a dois meses de direitos de imagem pagos pelo Corinthians.
"Proibi nada. Só disse a Nilmar que é um risco entregar nota e receber o pagamento porque o contrato de direito de imagem não foi renovado. Se a Receita Federal questionar esse valor, nós vamos falar o quê?", defendeu-se Da Hora.
Para os dirigentes do Corinthians, a intenção do empresário é desvincular o jogador do clube por falta de pagamento.
A diretoria corintiana se defende dizendo que os dois meses atrasados foram pagos a Nilmar. Mas o dinheiro só entrará na conta do jogador quando ele entregar as notas.
"O dinheiro será pago ao Lyon porque Nilmar está em nosso projeto para 2007. A situação é complicada, mas os investidores (do MSI) pagarão os oito milhões. Não teremos problema com isso", emendou Dualib.
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