Apesar da atuação do Banco Central, o dólar voltou a fechar no menor valor em seis anos nesta quarta-feira, derrubado pelo fluxo cambial positivo e pelo desempenho positivo dos mercados externos.
A moeda norte-americana encerrou a R$ 2,021, com baixa de 0,69%. É o menor valor desde 20 de fevereiro de 2001.
"Grande parte disso é fluxo. O BC entrou com o leilão (de swap cambial reverso), mas o lote não foi tão grande", disse Mario Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.
Na primeira metade da sessão, o BC anunciou o leilão de cerca de US$ 400 milhões em contratos de swap reverso, que funcionam como uma compra futura de dólares. Ao contrário do que ocorreu nas últimas operações, a cotação do dólar intensificou a queda após o anúncio.
Nesta quarta-feira, o BC deixou de informar antecipadamente os chamados dealers - instituições autorizadas a intermediar operações diretamente com o BC - sobre o leilão, de acordo com um operador de câmbio e um gerente de duas dessas instituições. A estratégia aumenta a imprevisibilidade dos leilões.
Perto do fim da sessão, o BC comprou dólares em leilão no mercado à vista, mas a moeda norte-americana manteve a trajetória de queda.
Battistel aponta outro motivo para o movimento do câmbio. "Lá fora, as principais moedas estão se valorizando frente ao dólar... como a gente tem o fluxo positivo acaba caindo mais."
Dados sobre a economia dos Estados Unidos provocavam a queda do dólar nos mercados estrangeiros, que assistiram a um dia positivo das bolsas de valores em meio a fortes lucros corporativos. Em Wall Street, o índice Dow Jones superou pela primeira vez a marca de 13 mil pontos.
Fluxo contínuo
Segundo dados do BC, o País registrou saldo positivo nas transações correntes - que incluem a balança comercial e despesas com serviços - de US$ 1,694 bilhão no primeiro trimestre. Na conta financeira, que inclui os investimentos e as operações de arbitragem, o País teve saldo positivo de US$ 21,929 bilhões nos três primeiros meses do ano.
Sidnei Nehme, diretor-executivo da corretora NGO, aponta que na conta financeira há "US$ 13,3 bilhões oriundos de financiamentos ao comércio exterior, basicamente tomados por exportadores para antecipar receitas de suas vendas e importadores para postergar seus pagamentos".
Segundo ele, as operações financeiras, atraentes com o diferencial entre o juro doméstico e as taxas praticadas no mercado internacional, tiram o dólar "do que seria a valorização normal como em todos os países emergentes".
"Com essa diferença de taxa (de juro)... não adianta o BC fazer todas essas estratégias", afirmou.
O juro básico brasileiro é de 12,50% ao ano.
Invertia
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
ParticiparLeia Também

PF desmonta esquema nacional de venda de diplomas falsos usados ilegalmente no mercado de trabalho

Saiba como contestar descontos não autorizados do INSS

Projeto de MS apoiado pela Fundect representa o Brasil em evento nos Estados Unidos

Congresso mira novas limitações às bets; plataforma de cassino que paga no cadastro já é proibida

Feriado e final de semana tem previsão de tempo firme com temperaturas amenas no Estado
Mais Lidas

Fátima do Sul se despede de Rosária Fernandes, Pax Oliveira informa sobre velório e sepultamento

VEJA AS FOTOS DESSE SEXTA FEIRA 13 NA EXPORAMA 2025 RODEIO, SHOW E EMOÇÃO NOS 60 ANOS DE CULTURAMA

Baile dos Namorados do Floresta Clube é marcado por noite memorável em Fátima do Sul

Culturama chora pela morte de Luciana, ela sofreu acidente em Fátima do Sul e não resistiu
