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Brasil

Dólar sobe 1,1% no dia, mas cai 0,8% na semana

4 Dez 2009 - 16h38Por Invertia

A surpresa provocada pelo relatório de emprego dos Estados Unidos aumentou a volatilidade no mercado internacional nesta sexta-feira, fazendo o dólar fechar em alta, depois de ter chegado a testar o nível psicológico de R$ 1,70. A moeda americana subiu 1,11%, para R$ 1,728. Apesar da alta, o dólar encerrou a semana com queda de 0,86%.

O governo dos Estados Unidos divulgou que foram fechados apenas 11 mil empregos no mês passado, o que reduziu a taxa de desemprego do país de 10,2% para 10,0%.

O dado sinalizou uma recuperação mais firme do mercado de trabalho americano e permitiu ao mercado estimar uma alta dos juros antes do que o previsto nos Estados Unidos.

"Apesar de ser uma notícia positiva... o mercado interpreta isso como se eles (os Estados Unidos) fossem elevar os juros um pouco mais cedo. E o dólar começa a ganhar valor", disse João Eduardo Santiago, operador do banco Alfa de Investimento.

Enquanto o mercado interbancário fechava no Brasil, o dólar subia 1,3% em relação a uma cesta com as principais moedas, com destaque para o desempenho ante o euro, que se mantinha abaixo de US$ 1,49, e frente ao iene, que perdia 2% de valor.

Na contramão, as commodities - principais componentes da balança comercial brasileira - recuavam 1,08%, de acordo com o índice Reuters-Jefferies.

Ao longo do ano, a taxa de juros entre zero e 0,25% dos Estados Unidos foi apontada como um dos principais fatores para a tendência de queda do dólar, já que os investidores buscavam aplicações em outros países para poder garantir um rendimento maior.

O Federal Reserve (FED, banco central americano), no entanto, tem afirmado nas últimas reuniões e discursos de seus integrantes que os juros devem seguir muito baixos por um período longo.

Antes da virada nos mercados internacionais, o dólar ameaçava quebrar o nível de R$ 1,70. Na mínima do dia, a moeda chegou a ser cotada a R$ 1,702 para venda.

O volume do mercado interbancário, no entanto, foi relativamente fraco, com cerca de US$ 1,2 bilhão em negócios por volta das 16h, de acordo com o operador de uma corretora.

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