O dólar subiu pelo segundo dia consecutivo nesta segunda-feira, em uma sessão marcada pelo volume relativamente pequeno e pela ausência de indicadores relevantes.
A moeda americana terminou o dia a R$ 1,728, em alta de 0,52%.
O volume registrado na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa foi reduzido pelo segundo dia seguido, em cerca de US$ 1,7 bilhão perto do fechamento, ante média de US$ 3,2 bilhões na semana passada.
A alta do dólar foi definida na metade do dia, quando a cotação da moeda deixou de exibir uma leve queda para rapidamente subir para perto de R$ 1,73 real. De acordo com o operador de uma corretora, que preferiu não ser identificado, houve uma compra pontual de dólares, concentrada em três casas.
Em outra corretora, um profissional atribuiu esse movimento a uma diminuição da posição vendida de fundos estrangeiros, que vem se mantendo em níveis expressivos na BM&FBovespa por causa da maior quantidade de dólares que têm ingressadado no país.
Na sexta-feira, último dado disponível, a posição vendida de investidores não-residentes em dólar futuro e cupom cambial estava em US$ 13,109 bilhões, ou 262 mil contratos.
No restante das operações, o mercado continuou dividido entre a tendência de queda provocada pela entrada de dólares e a pressão de alta causada pela intervenção do governo.
Dados das reservas internacionais induzem analistas como os do banco francês BNP Paribas a calcularem um ingresso de cerca de US$ 4 bilhões no país somente na semana passada - o que levaria o fluxo no mês a cerca de US$ 6 bilhões, mais que em todo o restante do ano.
Na sexta-feira, as reservas aumentaram US$ 916 milhões, para o novo patamar recorde de US$ 268,101 bilhões. Desde o dia 8, quando o Banco Central passou a fazer dois leilões de compra por dia no mercado, as reservas já cresceram US$ 5,7 bilhões de dólares.
O segundo leilão desta segunda-feira já teve duração de cinco minutos, conforme decisão do Banco Central anunciada na sexta-feira.
Dólar após Petrobras
Mas, conforme se aproxima o encerramento da principal fonte de dólares para o país na atualidade, a oferta de ações da Petrobras , o mercado já se questiona sobre a continuidade da tendência de queda da moeda. O preço das ações na capitalização será definido na quinta-feira, e a liquidação financeira da operação ocorrerá até dia 29.
"Concluído o processo, é de se esperar por persistência de fluxos generosos de capitais para o Brasil, mas em intensidade mais semelhante à observada durante o primeiro semestre do ano. Nesse caso a intervenção governamental poderia ter mais efeito, revertendo o movimento observado ao longo de setembro", escreveram analistas do Departamento de Pesquisa Econômica do Santander, em relatório.
Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o crescente déficit em transações correntes no país tende a ajustar a taxa de câmbio no longo prazo.
O BC atualiza os números sobre contas externas e fluxo cambial na terça-feira.
Com informações da Reuters
A moeda americana terminou o dia a R$ 1,728, em alta de 0,52%.
O volume registrado na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa foi reduzido pelo segundo dia seguido, em cerca de US$ 1,7 bilhão perto do fechamento, ante média de US$ 3,2 bilhões na semana passada.
A alta do dólar foi definida na metade do dia, quando a cotação da moeda deixou de exibir uma leve queda para rapidamente subir para perto de R$ 1,73 real. De acordo com o operador de uma corretora, que preferiu não ser identificado, houve uma compra pontual de dólares, concentrada em três casas.
Em outra corretora, um profissional atribuiu esse movimento a uma diminuição da posição vendida de fundos estrangeiros, que vem se mantendo em níveis expressivos na BM&FBovespa por causa da maior quantidade de dólares que têm ingressadado no país.
Na sexta-feira, último dado disponível, a posição vendida de investidores não-residentes em dólar futuro e cupom cambial estava em US$ 13,109 bilhões, ou 262 mil contratos.
No restante das operações, o mercado continuou dividido entre a tendência de queda provocada pela entrada de dólares e a pressão de alta causada pela intervenção do governo.
Dados das reservas internacionais induzem analistas como os do banco francês BNP Paribas a calcularem um ingresso de cerca de US$ 4 bilhões no país somente na semana passada - o que levaria o fluxo no mês a cerca de US$ 6 bilhões, mais que em todo o restante do ano.
Na sexta-feira, as reservas aumentaram US$ 916 milhões, para o novo patamar recorde de US$ 268,101 bilhões. Desde o dia 8, quando o Banco Central passou a fazer dois leilões de compra por dia no mercado, as reservas já cresceram US$ 5,7 bilhões de dólares.
O segundo leilão desta segunda-feira já teve duração de cinco minutos, conforme decisão do Banco Central anunciada na sexta-feira.
Dólar após Petrobras
Mas, conforme se aproxima o encerramento da principal fonte de dólares para o país na atualidade, a oferta de ações da Petrobras , o mercado já se questiona sobre a continuidade da tendência de queda da moeda. O preço das ações na capitalização será definido na quinta-feira, e a liquidação financeira da operação ocorrerá até dia 29.
"Concluído o processo, é de se esperar por persistência de fluxos generosos de capitais para o Brasil, mas em intensidade mais semelhante à observada durante o primeiro semestre do ano. Nesse caso a intervenção governamental poderia ter mais efeito, revertendo o movimento observado ao longo de setembro", escreveram analistas do Departamento de Pesquisa Econômica do Santander, em relatório.
Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o crescente déficit em transações correntes no país tende a ajustar a taxa de câmbio no longo prazo.
O BC atualiza os números sobre contas externas e fluxo cambial na terça-feira.
Com informações da Reuters
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