A última renegociação das dívidas dos produtores rurais, no final de 2006, deixou 70% dos 400 mil clientes da agricultura empresarial do Banco do Brasil - que atingiram seu limite de crédito - sem condições de pleitear recursos para novos investimentos em suas propriedades. Com a renegociação, a instituição passou a dispor de apenas R$ 2 bilhões para máquinas e implementos.
As restrições, no entanto, não ocorrem apenas para os clientes do Banco do Brasil, que responde por 58% dos créditos ao setor. Toda a rede bancária tende a negar crédito ao agronegócio, segundo a CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil).
"Quando o produtor recorre a qualquer instituição para pedir financiamento, é levantada sua capacidade de adquirir novas dívidas, e isso independe do banco", afirma Carlos Sperotto, presidente da Comissão Nacional de Endividamento da CNA.
Gazeta Mercantil
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