Balanço da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres divulgado nesta quarta-feira aponta que a Central de Atendimento à Mulher, que recebe chamadas telefônicas denunciando casos de violência contra mulheres, contabilizou 269,2 mil registros de janeiro a outubro deste ano, uma cifra 25% maior que no mesmo período de 2008.
Criado em abril de 2006, o serviço Ligue 180 já registrou 791,4 mil atendimentos. De abril de 2006 a outubro deste ano o volume de telefonemas subiu 1.704%. Apenas sobre informações envolvendo a Lei Maria da Penha, legislação que endureceu as penas contra agressores de mulheres, a secretaria afirma que foram 293,8 mil registros entre 2007 e outubro de 2009.
No Ligue 180, o perfil geral dos retratos de violência indica que 93% das denúncias são feitas pela própria mulher agredida, 78% das vítimas são alvo de lesão corporal leve ou ameaças e 69% das mulheres sofrem agressões diariamente. O algoz, segundo o levantamento, é o companheiro em 50% dos casos. Em 33% das situações, as vítimas vivem com o agressor há mais de 10 anos.
A violência física é o caso mais comum de agressão contra as mulheres, seguido de coerções psicológicas (ameaças em geral), morais (xingamentos e situações humilhantes), sexuais e patrimoniais. As vítimas mais frequentes são mulheres negras (43,3%) com idade entre 20 e 40 anos (56%), casadas ou em união estável (52%) e com escolaridade equivalente ao Ensino Médio (25%).
No ranking nacional de atendimento contra situações de violência, o Estado de São Paulo aparece na primeira colocação, com 87,4 mil chamadas em 2009. Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem na segunda e terceira posições, respectivamente, com 33,8 mil e 18,2 mil registros. Em termos proporcionais, a Distrito Federal é a unidade da federação que mais recorreu ao Ligue 180, com 462,5 atendimentos para cada grupo de 50 mil mulheres.
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