A tragédia por ter a filha de 17 anos de idade morta no ano passado, dentro de casa, em Campo Grande, por overdose de cocaína, parece não ter abalado Moraci Pereira Brandão, 35 anos, que se diz vendedor autônomo. Ontem, em Aquidauana, ele foi preso junto com uma quadrilha flagrada com 312 quilos da droga.
O envolvimento de Brandão com o tráfico de cocaína tem sido escrito pela Justiça desde sul-mato-grossense desde 2003 quando ele tinha 26 anos de idade e a filha Jéssica Lima Brandão, morta no dia 25 de abril do ano passado, ainda era uma criança de nove anos. De lá para cá, ele se envolvera ao menos duas vezes no mesmo crime.
Brandão foi detido ontem por volta das 7 horas da manhã, quando carregava a droga de um carro para o outro, perto da estação ferroviária de Aquidauana, cidade distante 120 km de Campo Grande.
Ele agia para um bando liderado pelo motorista Jorge Luiz da Silva, 50, conhecido como Bolão, segundo a Polícia Federal.
A PF informou que rastreava o movimento dos traficantes há pelo menos seis meses, isto é, sete meses após a morte da filha de Brandão. Um homem e uma mulher também foram detidos na operação.
A quadrilha deve ser transferida ainda hoje da superintendência da Polícia Federal para o presídio de Trânsito, em Campo Grande. Quinze anos é a pena máxima imposta aos traficantes. O carregamento descoberto ontem foi o segundo maior deste ano.
Overdose
Jéssica Lima Brandão morreu na casa onde morava com o pai e o namorado Adriano da Costa Silva, oito anos mais velho que a adolescente.
“Foi encontrada uma grande quantidade de drogas na casa, a quantidade que se dividida em doses, daria para fazer ao menos 600 doses de cocaína, quantidade incompatível com quem é usuário”, explicou à época o delegado do caso, Wellington de Oliveira. Laudos juntados no inquérito revelaram que a adolescente morreu por overdose da droga.
A menina morreu num dia que o pai dela não estava em casa. Nos dias seguintes, Brandão participou inclusive de manifestações que colegas da adolescente fizeram pedindo a prisão do namorado dela.
Adriano foi detido depois, mas ficou menos de um mês na cadeia. Revoltados, parentes e amigos de Jéssica tentaram invadir a delegacia na ocasião. O rapaz fugiu a ver a namorada agonizar pelo uso da droga.
Adriano e Moraci Brandão foram indiciados por tráfico de drogas e associação ao tráfico. O rapaz foi incriminado ainda por homicídio culposo.
Tanto o pai da de Jéssica quanto o namorado disseram à polícia que a garota era dependente química há pelo menos seis meses. Amigos dela discordaram dessa hipótese.
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