Em artigo na revista Annals of Neurology, o neurologista Claudio Bassetti, da Universidade do Hospital de Zurique, e colegas afirmam que a descoberta sugere que essa área é crucial para os sonhos. "Esses resultados descrevem pela primeira vez em detalhes a extensão da lesão necessária para produzir a perda do sonho sem que haja outras lesões neurológicas", afirmou Bassetti em comunicado.
Ele e seus colegas usaram ressonância magnética para determinar as áreas afetadas pelo derrame. Por seis semanas após o derrame, os cientistas estudaram as ondas cerebrais da paciente enquanto ela dormia e não acharam nenhum problema com o seu sono. Seu movimento rápido dos olhos (REM, sigla em inglês), que geralmente ocorre junto com os sonhos, também estava intacto - por muitos anos se pensou que o sono REM era a manifestação física do sonho.
A paciente recuperou alguma capacidade de sonhar, mas eles agora são menos vívidos. Para Bassetti, serão necessários mais estudos antes de se chegar a uma conclusão. "Outras conclusões sobre essa área do cérebro e seu papel nos sonhos precisam de mais estudos que analisem mudanças nos sonhos em pacientes com lesões no cérebro."
Estadão
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