O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) ocupou a tribuna, na sessão desta quarta-feira da Assembléia Legislativa, para elogiar a postura do petista Paulo Duarte, que, além de reconhecer que o Estado se excedeu na concessão de incentivos fiscais, aconselhou o governador André Puccinelli (PMDB) a reduzir esse tipo benefício em Mato Grosso do Sul.
Zé Teixeira disse ter participado de reunião na terça-feira na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), na qual Paulo Duarte, que integrou o governo anterior, fez uma espécie de mea-culpa devido ao excesso de incentivos fiscais concedidos pelo governador Zeca do PT a várias empresas que se instalaram no Estado.
Zé Teixeira lembrou que sempre defendeu, ao longo de seus quatro mandatos consecutivos como parlamentar, moderação do governo na concessão desse tipo de benefício a vários setores, observando que Mato Grosso do Sul hoje está pagando caro por não ter conseguido aumentar, como deveria, seu poder de investimento como conseqüência desse fator.
“Gostei da franqueza do deputado Paulo Duarte em aconselhar o governador André Puccinelli a reduzir o incentivo fiscal do setor sucroalcooleiro. Nós estamos vendo que é um setor que está em franca ascensão”, colocou, lamentando as dificuldades que o produtor rural tem hoje para obter recursos com objetivo de recuperar suas terras degradadas e investir em tecnologia, justamente pela ausência de uma política mais adequada.
“Nós sabemos que a pecuária não suporta mais investimentos, entre outros fatores, então eu compreendo a postura do deputado Paulo Duarte e concordo plenamente, temos que rever outras coisas, outros benefícios, eu sempre fui contra, usei a tribuna aqui várias vezes para falar sobre esse assunto”, acrescentou.
Representante da classe ruralista na Assembléia, Zé Teixeira ressaltou que também acha que o governador André Puccinelli deve rever todos os incentivos fiscais concedidos pelo Estado, durante a administração passada, a empresários.
“Nós já pagamos um preço muito alto, porque o dinheiro que o Estado cobre do produto produzido aqui e que vai embora, o governo não recebe retorno”, enfatizou.
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