Já começou e se multiplica por 12 a reedição da farra com o dinheiro público que sustentou os Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Quem assim entende é o presidente da Subcomissão de Fiscalização da Copa do Mundo de 2014 da Câmara, deputado Silvio Torres, do PSDB paulista.
Em entrevista a Terra Magazine, ele reclamou de falhas e questões nebulosas da organização brasileira do 20º Mundial de futebol. "Qual é o medo de todo mundo? Que a pressa nos leve a atropelar os procedimentos legais, facilitar o superfaturamento, custos excessivos e isso vai encarecer bastante os projetos", contou.
Agora, porém, há uma dúzia de cidades e um preço incalculavelmente maior do que no exemplo carioca de 2007. "No Pan, aconteceu exatamente desse jeito. Ficou todo mundo alertado e agora está acontecendo de novo", avisou Torres, que citou "um mar de incertezas" e a impossibilidade de fazer projeções sobre o andamento da preparação.
- Eu digo com certeza que não vamos fazer aquilo que a gente prometeu. Não vamos cumprir os compromissos nem aquilo que se criou de expectativa para o próprio povo brasileiro. Vai ser uma parte daquilo - assinalou, em relação aos projetos originais.
Silvio Torres atestou que o presidente do Comitê Organizador Local e da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, não possui respostas para a escassez de investidores, ao contrário do que ele alardeava inicialmente. "Ele vendeu junto com o governo o que não vão entregar".
Sobre a reforma e a construção de estádios, ele afirma que "há modelos diferentes, mas, no fundo, o governo paga, de um jeito ou de outro".
O parlamentar tucano prevê ainda dificuldades de aprovação de isenções à Federação Internacional de Futebol (Fifa) e às suas parceiras, que precisam ser aceitas para vigorar a partir de janeiro, conforme garantia do País à dona da Copa do Mundo. "Estamos em ano eleitoral e nossa pauta está muito tumultuada. Será que vai ser aprovada a toque de caixa?", preocupou-se.
- A Receita Federal foi criteriosa, procurou fazer um bom projeto, mas agora a questão não é só técnica, é política. O Congresso Nacional tem que fazer um balanço do que a Copa está significando em termos de custo, quais são os investimentos reais, precisamos saber isso direito.
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