Uma senhora de 74 anos morreu na noite de ontem, no Hospital Evangélico de Dourados, vítima de complicações no quadro de dengue. Conforme o atestado de óbito assinado pelo médico, a paciente - que residia no Jardim São Pedro - foi a óbito em decorrência de hemorragia digestiva e dengue, entre outros.
Segundo noticiou o Douradosagora e o jornal O Progresso, nas edições de 3 de fevereiro, pelo menos duas pessoas, uma mulher de Rio Brilhante e uma criança estavam internadas na UTI do Hospital Universitário (HU). À época, outra pessoa - também com os sintomas dengue hemorrágica - estava internada no Hospital Evangélico (HE).
O setor de enfermagem do HU informou que desde o início da epidemia em janeiro, já houve vários pacientes com suspeitas de dengue hemorrágica internadas no hospital.
Além dos dois pacientes possivelmente com dengue hemorrágica, no HU ainda havia até o dia 2, mais cinco pessoas internadas com suspeitas de dengue clássica.
O secretário municipal de Saúde, Mário Eduardo Rocha, reconhece que a situação de Dourados é crítica, com o avanço da epidemia no município. Ele pediu o empenho da população para ajudar a combater a dengue. “Não basta apenas as ações do poder público, a população precisa ajudar nesta guerra contra o mosquito”, disse.
Conforme dados da Vigilância Epidemiológica, em Dourados, de janeiro até agora, já são quase 2.000% de aumento dos casos, em relação ao mesmo período do ano passado. O último boletim divulgado dia 2, apontava que já eram 526 notificações, sendo 195 positivas, 55 negativas e 276 pendentes.
O Exército está colaborando com os mutirões de combate a dengue no município que reforçou o quadro da Saúde com a contratação de 45 agentes, além de três médicos infectologistas para dar suporte nos hospitais.
CLASSIFICAÇÃO
O secretário informou que a dengue pode ser classificada em três graus. Em 1º grau, a pessoa sente muita febre, dor no corpo e ao redor dos olhos. Neste caso ela precisa de bastante hidratação. Se evoluir a um quadro que não consegue beber água, apresenta náuseas e vômitos, já pode ser classificada como 2º grau. O paciente precisa ser hidratado com soro, nas unidades básicas de saúde.
Se for dengue de 3º grau, a pessoa apresenta pressão baixa, que pode evoluir para choque hipovolêmico, o que requer internação. O estágio mais avançado da dengue é quando evolui para hemorragia, com sangramento da gengiva e pintas vermelhas na pele.
Em todos os casos, segundo o secretário, o paciente deve procurar um médico no posto de saúde mais próximo e tomar muita água para hidratar.
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