Apesar do parecer favorável do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre a instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, líderes Democratas (ex-PFL) não admitem a possibilidade de enterrar a Comissão no Senado. O líder José Agripino Maia (DEM-RN), reafirmou que entrega o requerimento de instalação já nesta quarta-feira. O documento conta com 32 assinaturas, mas o intuito é chegar até quarta-feira a 34.
Para Agripino, a decisão do procurador, que "já deveria ter sido tomada há muito tempo", não muda o quadro. "Os senadores querem participar das investigações. Temos a convicção de que aqui a investigação será mais eficaz", disse Agripino. O argumento é o mesmo usado pelo líder do partido na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS). "Aqui (na Câmara) vão nos amordaçar", afirmou.
O entendimento, no etanto, não acontece com o PSDB. Para o líder tucano na Casa, Antonio Carlos Pannunzio (SP), a instação de uma CPI no Senado antes da decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF) atrapalharia os trabalhos da Câmara. "Não sou contra a CPI no Senado, só entendo que a sua instalação lá antes do Supremo poderia prejudicar o entendimento dos Ministros sobre a CPI aqui", disse.
O argumento não convence os Democratas. Agripino disse que, uma vez instalada a CPI nas duas Casas, senadores e deputados poderiam até conversar, mas ele não abre mão de fazer todo o procedimento. "O processo de diálogo entre Câmara e Senado acontecerá, mas apresentarei o requerimento", disse.
Apesar da posição do líder tucano na Câmara, Agripino disse ainda não acreditar em uma eventual desistência do PSDB no Senado. "Não tenho razão para acreditar em nenhum tipo de recuo", afirmou.
Terra Redação
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