No acumulado dos primeiros cinco meses de 2010, o déficit da balança comercial da indústria têxtil e de confecção do Estado de São Paulo cresceu 14,66% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando US$ 252,6 milhões. Este saldo resulta de importações no valor de US$ 443,7 milhões (mais 21,72% ante os US$ 364,5 milhões de 2009) e exportações de US$ 191,1 milhões (aumento de 32,48% na comparação com os US$ 144,2 milhões registrados no exercício anterior). De janeiro a maio, as exportações paulistas significaram 34,2% do total brasileiro e as importações, 23,9%.
Quanto à origem das compras externas no período, dentre os dez primeiros colocados no ranking de fornecedores do mercado paulista, a China é líder absoluta, com US$ 141,25 milhões. Em segundo lugar, mas muito distantes, aparecem os Estados Unidos, com US$ 49,48 milhões. Seguem-se, Argentina (US$ 31,20 milhões), Coreia do Sul (US$ 25,41 milhões), Alemanha (US$ 17,38 milhões), Índia (US$ 17,04 milhões), Itália (US$ 15,10 milhões), Bangladesh (US$ 12,10 milhões), Holanda (US$ 10,93 milhões) e Peru (US$ 9,27 milhões).
O valor das importações de têxteis e vestuários chineses aumentou 25,79% em relação a 2009, quando já havia crescido 22,17% ante 2008. "Tais estatísticas evidenciam nossa crescente desvantagem competitiva no comércio bilateral, provocada pela sobrevalorização de nossa moeda, impostos e juros mais elevados que pagamos por aqui e, sem dúvida, algumas práticas de Pequim não alinhadas à economia de mercado, como salários baixos, subsídios estatais e falta de investimentos em produção mais limpa e ambientalmente sustentável", observa Rafael Cervone Netto, presidente do Sinditêxtil-SP e presidente em exercício do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
O dirigente classista alerta, ainda, para o crescimento geométrico do ingresso de produtos têxteis e de vestuário advindos de Bangladesh. "Em relação aos primeiros cinco meses de 2008, o valor das importações advindas desse país deu um salto de 60,18%. O volume das compras evoluiu 298%". Lembrando que fenômeno semelhante ocorreu nos ingressos oriundos do Camboja, Cervone Netto salientou a importância da exclusão, na Medida Provisória 492, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional, de artigo que autorizava o governo brasileiro a conceder preferências tarifárias aos chamados Países de Menor Desenvolvimento Econômico Relativo (PMDR´s), dentre os quais incluem-se aquelas duas nações. "Imaginem como seria, então, se essas economias tivessem isenções tarifárias para vender ao Brasil".
Destinos das exportações e o imenso déficit com a China
Os dez primeiros colocados no ranking das exportações têxteis paulistas no período de janeiro a maio de 2010 são os seguintes: Argentina (US$ 62,59 milhões), Paraguai (US$ 13,66 milhões), Estados Unidos (US$ 11,43 milhões), Turquia (US$ 10.417.684), Chile (US$ 10,047 milhões), Venezuela (US$ 8,82 milhões), Colômbia (US$ 8,32 milhões), Japão (US$ 7,11 milhões), Uruguai US$ 6,56 milhões) e México (US$ 6,10 milhões).
É interessante notar que a China, líder disparada na relação dos fornecedores, ocupa modesta trigésima posição no ranking dos compradores dos produtos têxteis e vestuário da indústria paulista", salienta Cervone Netto, comparando: "Nos primeiros cinco meses de 2010, o déficit paulista no comércio bilateral com esse país foi de US$ 140,77 milhões, resultante de importações de US$ 141,25 milhões e exportações de apenas US$ 483,69 mil".
Números de maio
Com relação aos resultados específicos de maio, as importações paulistas de têxteis foram de US$ 90,59 milhões, 49% a mais do que os US$ 60,80 milhões registrados no mesmo mês de 2009. As exportações tiveram valor de US$ 44,08 milhões, com crescimento de 42,19% ante os US$ 31 milhões do ano anterior. O déficit, em maio, foi de US$ 46,51 milhões.
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