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Brasil

Creio que ele tentou reagir, diz pai de aluno morto na USP

20 Mai 2011 - 07h57Por Redação Terra

Ainda sob efeito do choque pela morte do filho, o pai de Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, assassinado com um tiro na cabeça no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), na noite de quarta-feira, afirmou que é possível que ele tenha tentado reagir a uma suposta tentativa de assalto.

 

"Acho que ele tentou fugir. Ele falava que não entregaria nada assim fácil. Então eu creio que ele tentou reagir. Eu falava para ele: 'já tive dois carros roubados, mas a gente consegue outro, batalhando. Agora, a vida só tem uma'. E ele foi vítima dessa violência de São Paulo", disse o projetista Ocimar Florentino de Paiva, pai de do rapaz.

Desorientado, ele disse que ainda não sabe como vai encarar a ausência de Felipe daqui para a frente. "A pessoa que fez isso não tem o mínimo de escrúpulo. Ele morreu em um lugar que não era para acontecer. Foi brutal. Não quero nem pensar porque não sei como vou encarar".

O pai conta que a rotina do filho era intensa e que ele saía por volta das 6h para trabalhar, depois ia direto para a faculdade e só retornava para casa, em Pirituba, zona oeste da capital paulista, por volta da meia-noite. "Era um jovem como tantos outros, com sonhos. Trabalhava e estudava. Ia se formar no ano que vem em Ciências Atuariais. Como ele foi assaltado duas vezes em ônibus, ele comprou um carro blindado, por medo, por segurança. Só que ele foi vítima de assalto antes de entrar no carro. Parece que ele tentou entrar, quebraram a fechadura e ele foi assassinado", afirma.

O pai disse que ele comprou o carro importado, usado, há pouco tempo. "Comprou pneus novos, tudo com dinheiro do trabalho dele", afirmou. O pai disse que há pouco tempo tinha alertado o filho sobre problemas de segurança na USP.

"Tinha lido reportagens que falavam de sequestro-relâmpago na USP bem no estacionamento na FEA. Alertei ele que estava tendo muito sequestro lá. Ele disse que não tinha problema, pois o carro era blindado. Mas eu falei: 'você não é'. Só que ele realmente foi vítima. Era inocente, não tinha malícia de ficar olhando, se tinha alguém seguindo. Foi realmente uma pessoa inocente no assunto", afirmou.

Ocimar lembrou que ele tinha sonho de viajar para outros países e que tirou o passaporte havia somente cinco dias. "Ele queria ir para a França. Até comprou um 'dicionarinho' e estava lendo francês para ir para lá. A noiva dele vai agora, no mês que vem. E ele ia depois, não sei. Ele estava guardando dinheiro para isso".

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