Segundo a tabela, dos 90 parlamentares investigados pela CPI, existem provas documentais contra 54, o que equivale a 60% dos investigados. Jungmann disse que eles receberam depósitos da Planam na própria conta corrente, na conta de parentes ou de assessores ou na conta de terceiros (pessoas físicas e jurídicas e empresas indicadas pelo parlamentar ou pelo assessor). Receberam também por meio de benefícios como imóveis e prestação de serviços.
Há, ainda, evidências testemunhais contra 21 parlamentares (23% dos investigados), que receberam o pagamento em dinheiro. “Sim, existe comprovação. Não quero dizer que existe culpa, nem que 80% [dos parlamentares] vão ser condenados, mas, sem sombra de dúvida, resta absolutamente claro que em 80% dos parlamentares existem comprovantes materiais da sua participação", disse o vice-presidente da comissão. "Se eles serão ou não condenados é uma questão que quem vai dizer é a própria CPMI".
A tabela também detalha a natureza do benefício recebido por cada parlamentar. Os dados mostram que 15 (17% dos investigados) receberam depósitos na própria conta corrente ou na de familiares e 25 (28%) em contas de assessores, além dos 21 que receberam pagamento em dinheiro.
“Temos que apreciar a defesa de cada um e confrontar todos os elementos. O que temos são referências: 15 com depósito na conta ou própria do parlamentar ou de parentes próximos. Por outro lado, 25 são parlamentares cujos depósitos são feitos na conta de assessores. Temos uma escala crescente que precisa ser confrontada com as respectivas defesas”, disse o relator da CPMI, senador Amir Lando (PMDB-RO).
Estadão
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