A CPI do Apagão Aéreo será instalada nesta quinta-feira (3) às 15h, informou ontem o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
PT e o PMDB divulgarão ainda nesta manhã os nomes de seus integrantes na CPI. Embora o prazo para a indicação tenha terminado à meia-noite de quarta (2), os partidos conseguiram mais algumas horas do presidente da Câmara, desde que os nomes sejam escolhidos até a instalação da CPI.
"Vou fechar os nomes nesta noite (de quarta), e apresentarei nesta quinta", disse o líder do PT, Luiz Sérgio (RJ). O líder confirmou que conversou sobre o tema em encontro na quarta no Palácio do Planalto com o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, e disse que consultaria outras lideranças do governo para bater o martelo.
Segundo o líder, há 14 nomes para as oito vagas. "Eu preciso conversar com essas pessoas, explicar os critérios de escolha, essas coisas", disse. Luiz Sérgio afirmou ainda que, entre os 14 cotados, estão Cândido Vacarezza (PT-SP), Edson Santos (PT-RJ), e Marco Maia (PT-RS). Este último tem sido o mais cogitado para assumir a relatoria da CPI.
O PMDB também faz mistério sobre seus integrantes na CPI. O líder do partido, Henrique Eduardo Alves (RN), e o presidente, deputado Michel Temer (SP), devem revelar os membros da CPI nas próximas horas. Na Câmara, peemedebistas dizem que o nome de Marcelo Castro (PMDB-PI) é o mais cogitado para assumir a presidência da CPI.
Até a noite de quarta, 16 das 24 vagas titulares da CPI foram preenchidas. Sendo sete da base do governo: duas do PP, Beto Mansur (SP) e Nelson Meurer (PR), uma do PTB, Paes Landim (PTB-PI), uma do PDT, Wolney Queiroz (PE), outra do PR, com José Carlos Araújo (PR-BA), uma do PSB, Dr. Ubiali (PSB-SP), e Osmar Júnior (PC do B-PI).
O governo contava com 16 vagas a seu favor, mas como o PV indicou Fernando Gabeira (PV-RJ), os governistas acreditam que ele deve ficar com a oposição. Com isso, a oposição passaria a ter nove titulares ao seu lado. O Democratas (antigo PFL) indicou, por exemplo, Solange Amaral (RJ), Vitor Penido (MG), e Vic Pires Franco (PA).
Depois de uma polêmica, o PSDB mudou novamente seus titulares e anunciou Mendes Thames (PSDB-SP), Wanderlei Macris (PSDB-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR). Já o PPS indicou Geraldo Thadeu (MG) para sua única vaga. A outra da oposição ficou com o PSOL, que escolheu Luciana Genro (RS) para titular.
Chinaglia reafirmou ainda que somente um acordo poderá dar a presidência ou a relatoria da CPI para a oposição. "As regras definem que a maior bancada tem direito à presidência, que indica o relator. A não ser que um partido ceda. Aí, só politicamente", disse.
O PMDB, que tem a maior bancada, não abre mão da presidência. E o PT, como segunda maior, deve ficar com a relatoria. "Não digo que isso esteja sacramentado, mas está consolidado", afirmou o vice-líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS).
Com a possibilidade cada vez maior de uma CPI dominada pelo governo, Chinaglia evitou falar em investigação "chapa branca". "Não acredito em CPI chapa branca. Todo mundo sabe como uma CPI começa, mas não como termina".
G1
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