Os investimentos na Copa do Mundo devem injetar R$ 142,3 bilhões na economia brasileira entre 2010 e 2014, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (23) pela consultoria Ernst & Young, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Deste total, R$ 22,4 bilhões serão investimentos diretos para garantir a infraestrutura e a organização necessárias para o evento. Ainda serão gastos mais R$ 7 bilhões com despesas operacionais e de visitantes. Outros R$ 112,79 bilhões deverão ser gerados indiretamente por diversos setores da economia.
O levantamento também estima a criação de 3,6 milhões de empregos e um impacto de R$ 63,4 bilhões sobre a renda. Já a arrecadação dos cofres públicos deve ter um adicional de R$ 18,1 bilhões. O impacto dos investimentos nestes quatro anos representa o equivalente a 2,17% do Produto Interno Brasileiro (PIB) brasileiro previsto para 2010.
Dos 55 setores analisados, o que deve ser mais beneficiado pela Copa do Mundo é o da construção civil, cujo aumento de produção é estimado em R$ 8,14 bilhões. O estudo aponta para avanços em outros 24 setores, entre eles os de serviços prestados às empresas (cerca de R$ 7 bilhões adicionais), hotelaria (cerca de R$ 3 bilhões adicionais) e alimentos e bebidas (cerca de R$ 2,5 bilhões a mais). Os aportes nas 12 cidades sede em projetos de infraestrutura deverão chegar a R$ 14,5 bilhões.
De acordo com José Carlos Pinto, sócio da consultoria, já há empresas de outros países interessadas em investir no Brasil, devido à Copa. "Os retornos desses investimentos costumam ser bastante atrativos", disse o executivo, sem no entanto revelar números.
Os realizadores do estudo acreditam que, mesmo com possíveis oscilações da economia nos próximos quatro anos, os investimentos devem se manter consistentes. "Praticamente metade dos investimentos diretos (42%) são gastos públicos ligados ao cronograma da Copa do Mundo", explicou Fernando Blumenschein, coordenador de projetos da FGV. "A outra parte (58%) são investimentos privados, mas que têm um retorno bastante significativo, mesmo com mudanças na economia."
SP na Copa
O estudo se baseou na realização da Copa do Mundo em 12 cidades-sede e desconsiderou a hipótese de São Paulo ou outra cidade ser excluída da competição. Segundo um dos realizadores do levantamento, a Fifa continuará pressionando a capital paulista a cumprir as exigências de infraestrutura, principalmente em relação ao estádio escolhido, mas a decisão final não deve deixar São Paulo de fora. "Se isso acontecer, aí os investimentos vão sofrer um corte significativo", afirmou José Carlos Pinto.
São Paulo é a terceira cidade que deverá realizar mais investimentos (R$ 1,45 bilhão), atrás apenas de Rio de Janeiro (R$ 1,97 bilhão) e Natal (R$ 1,49 bilhão). Na capital fluminense, líder desse ranking, os principais recursos estão previstos para reforma do Maracanã, instalação do centro de transmissão dos jogos, aeroportos, segurança, reurbanização e parque hoteleiro.
O estudo "Brasil Sustentável - Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo de 2014" baseou-se em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O modelo desenvolvido representa a economia brasileira por meio de 55 atividades econômicas, 110 categorias de produtos e 10 perfis de renda e consumo da população.
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