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Brasil

Contrabando tira sono de comerciantes

13 Ago 2010 - 14h16Por Dourados Agora
O contrabando de produtos trazidos do Paraguai continua tirando o sono de comerciantes do lado brasileiro. Eles afirmam que se por um lado grupos de contrabandistas se oferecem para entregar as mercadorias fora da cota no Brasil, por outro, empresas brasileiras também buscam os produtos com facilidade para revender no comércio brasileiro. A maioria são produtos eletrônicos e eletroeletrônicos, além de pneus e refrigeradores de ar.

Em Dourados, O PROGRESSO recebeu denuncias de comerciantes do setor de eletrônicos sobre o problema. De acordo com o empresário Arthur Ferreira Pinto Filho, a suspeita da chegada de produtos em grande escala, que saem do Paraguai para o lado brasileiro, é que tem preocupado. “O resultado é menos emprego, menos arrecadação e investimentos para o município”, contabiliza.

Segundo ele, o fato do consumidor atender a cota brasileira e se deslocar até o Paraguai para comprar mais barato é um direito do cidadão, o que não prejudica o comércio. “O cliente que gasta $ 300 ou R$ 580 no Paraguai, está dentro da cota. O grande problema está nos supostos transportes de carga, que podem estar inclusive abastecendo revendas ilegais do lado brasileiro”, alerta.

Para ele, as entidades de classe é que deveriam se unir e cobrar uma solução para o problema, que atinge diretamente a economia douradense. “O único jeito de se combater o ilícito é agir com mais rigor nas fiscalizações em todos os sentidos”, cobra o comerciante.

Segundo Arthur Ferreira, o consumidor ainda corre riscos de investir em produtos sem qualidade. “O cliente deve estar atento as falsas promessas de garantias para produtos piratas. Elas não funcionam na maioria das vezes e o consumidor é obrigado a gastar ainda mais pela manutenção ou compra de um novo aparelho”, alerta.

O perigo também pode estar mais perto do que se imagina. De acordo com o comerciante Joel Queirós, o consumidor deve estar atento ao adquirir um aparelho mesmo do lado brasileiro. “O que se sabe é que há uma infestação de produtos do Paraguai, sendo revendidos no lado brasileiro. Nem todos estariam legalizados. O cliente deve exigir notas fiscais e prestar atenção se o produto não é pirateado”, orienta.

O presidente da Associação comercial e Empresarial de Dourados (Aced), Antônio Freire, diz que o tipo de contrabando atinge em cheio a economia local. Segundo ele, a entidade vem negociando com as autoridades competentes uma fiscalização ainda maior para coibir os ilícitos.

BARREIRAS - O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Dourados, disse ao O PROGRESSO, que o “disk-denúncia” do contrabando já foi responsável por prisões do lado paraguaio. Segundo ele, empresas estavam oferecendo entrega para o lado brasileiro por telefone e em sites comercial.

Libório diz que a PRF vem cumprindo seu papel diariamente em fiscalizar tudo o que passa pelas rodovias e barrando o contrabando. “Prova disso foram as inúmeras apreensões feitas durante este ano”, lembra.

Ele explica que este tipo de ação é um auxílio a Receita Federal, que tem a função de evitar que o contrabando chegue até o Brasil.

EXÉRCITO

Um dos apoios para se evitar o contrabando vem do Exército Brasileiro, que vem realizando atividades para coibir o descaminho. A atividade é bem recebida por grupos de empresários que se sentem mais protegidos e maior rigor no combate ao contrabando.

A Operação Nabilaque, que teve início há dois dias fechou o “cerco” contra o contrabando. De acordo com o coronel Pedro Paulo Perez Pimenta, da 4º Brigada de Cavalaria Mecanizada, Brigada Guaicurús de Dourados, nada de irregular passa na fronteira com a atuação do Exército. Questionado sobre o problema do contrabando ele afirmou que existe intenção da 4ª Brigada em permanecer de forma contínua na faixa de fronteira, porém, essa possibilidade depende de investimentos do governo federal.

Só nas primeiras 24 horas de atuação, os militares já tinham vistoriado mais de três mil veículos e ainda apreendidas duas armas, ou seja, uma pistola e um revólver calibre 38, além de dois quilos de pasta base de cocaína e 100 gramas de maconha. A Operação mobiliza mais de 800 militares e 111 veículos. O Exército não informou quando a operação vai terminar.

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