Os mais de 8 mil palmeirenses presentes estiveram no Pacaembu ansiosos por ver Valdivia, mesmo que por meia hora. Mas acabaram assistindo a uma reviravolta de Alan Kardec. O centroavante com nome de famoso espírita perdeu pênalti, mas fez gol e participou dos outros dois na vitória por 3 a 0 sobre o ASA que deixa o time com cinco pontos de distância na liderança da Série B do Brasileiro.
Até a véspera da partida, Kardec não sabia que o ASA protagonizou um dos maiores vexames da história do Verdão, eliminando o maior campeão de torneios nacionais do futebol brasileiro na primeira fase da Copa do Brasil de 2002. Mas o artilheiro do clube na Série B exorcizou esse fantasma.
Os lances decisivos surgiram como uma redenção do centroavante. Aos 33 minutos, o atacante viu o goleiro espalmar sua cobrança de pênalti sofrido por Márcio Araújo. Dois minutos depois, abriu o placar e, aos cinco do segundo tempo, deixou o improvisado lateral esquerdo Wendel em condições de rolar para Wesley tocar a bola nas redes vazias.
O esperado Valdivia entrou aos 20 minutos da etapa final, mas Alan Kardec superou o Mago até na função de garçom. Aos 34, o centroavante lançou para Serginho só deslocar o goleiro adversário e definir a vitória que deixa o Verdão com 48 pontos, contra 43 da vice-líder Chapecoense.
Para continuar sua tranquila caminhada de volta à primeira divisão, o Palmeiras visita o América-MG às 16h20 (de Brasília) de sábado, em Belo Horizonte. O ASA, ainda com 23 pontos, à beira da zona de rebaixamento, recebe o Joinville às 19h30 de sexta-feira, em Arapiraca.

O jogo – Para não desgastar o seu jogador mais caro, Gilson Kleina preferiu deixar Valdivia no banco de reservas, apostando mais uma vez em Felipe Menezes municiando o trio Leandro, Vinicius e Alan Kardec na frente. Mas a aposta não foi além de imposição de ritmo nos primeiros minutos, antes de o Palmeiras sucumbir à sua própria lentidão.
O Verdão começou a partida ignorando os espaços que o ASA deixava. Como todos os adversários que visitaram o Pacaembu nesta Série B, o time alagoano colocou o time inteiro atrás do meio-campo, mas com uma marcação desorganizada. A equipe de Arapiraca se espalhava deixando vácuos que poderiam ser aproveitados. O Palmeiras, contudo, não percebeu isso.
Wesley até trocou algumas vezes de posição com Wendel, volante destro improvisado na lateral esquerda, para comandar a saída de bola e destravar os anfitriões nesta noite, mas era pouco. Assim como Leandro, único atacante que se mostrou incomodado por ficar parado na frente esperando a bola e que voltava ao círculo central para agitar o time.
Apesar de sua missão ser a de armar, Felipe Menezes se escondia, como em todas as vezes que entrou em campo pelo Verdão. Só apareceu discutindo com colegas, e ao menos uma das broncas deu certo. Após levar uma dura de Márcio Araújo, tocou para Alan Kardec isolar e chutou com perigo. Mas foi só.
A lentidão irritava os defensores, que passavam a fazer lançamentos longos e ineficientes, principalmente em direção a Vinicius. Como o ASA só assustou em cabeceio fraco de Lúcio Maranhão, os jogadores de trás passaram a atacar, com direito a sequência de dribles de Vilson na meia-lua ofensiva e chute perigoso de Wendel na grande área.
Mas a surpresa da retaguarda mais eficiente foi quem mais recebe críticas: Márcio Araújo. Aos 31 minutos, o volante chutou rente à trave direita. Dois minutos depois, driblou três marcadores para entrar na área e, ao tentar passar pelo goleiro, foi ao chão. O árbitro marcou pênalti, para vibração em vão do palmeirense, já que Gilson espalmou a cobrança de Alan Kardec.
Djalma Vassão/Gazeta Press

O erro em uma má atuação irritou o centroavante, para sorte do Palmeiras. Aos 35 minutos, o atacante dominou bola difícil tocada por Wesley, abriu mão do passe para seus companheiros no setor ofensivo e girou sobre seu marcador na meia-lua para bater firme, no mesmo canto rasteiro direito onde Gilson, menos de dois minutos antes, pegou seu pênalti.
Logo após o placar aberto, o Verdão ainda foi salvo por Tiago Alves, que rebateu chute de Wanderson pouco antes de sair de campo se contorcendo, reclamando de dores musculares. Seu esforço foi o suficiente para o time da casa ir para o intervalo nervoso só com as faltas duras que o ASA começou a cometer.
Para o segundo tempo, Kleina manteve a programação de usar Valdivia por cerca de meia hora e não mexeu no time. O espírito da equipe, porém, estava diferente. O líder da Série B entendeu que precisava se impor com eficiência, aproveitando-se da frágil marcação adversária para liquidar logo a partida. Foi o que aconteceu.
Mais uma vez, Alan Kardec foi decisivo, mesmo sem fazer gol. Técnico, o centroavante colocou o improvisado Wendel na lateral esquerda em condições de dar assistência para Wesley somente escorar a bola com o pé direito nas redes vazias, aos cinco minutos do segundo tempo.
Com os três pontos garantidos diante da falta de qualidade do ASA em fazer Fernando Prass trabalhar, a inércia palmeirense voltou. Não à toa, os torcedores fizeram festa quando Kleina chamou Valdivia e o colocou em campo no lugar do permanentemente discreto Felipe Menezes.
A expectativa com o chileno, porém, não se confirmou. Os alagoanos, na verdade, estiveram mais presentes no campo palmeirense do que o contrário. Mas o Palmeiras ainda tinha Alan Kardec, e foi dele o passe para Serginho definir o resultado aos 34 minutos. O Verdão teve nesta noite um artilheiro e garçom que pôde até errar pênalti, sem deixar de ser herói. Nem o quase golaço de Valdivia, tocando por cobertura uma bola que bateu no travessão, mudou essa história.
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