O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira (19), durante o programa “Bom Dia, Ministro”, a política do governo federal de combate à homofobia e a qualquer forma de preconceito nas instituições de ensino.
O MEC pretende estimular a formação de professores, numa primeira etapa, utilizando materiais pedagógicos anti-homofobia.
“A educação é para todos”, afirmou Haddad, destacando que os estabelecimentos de ensino devem estar preparados para receber estudantes num ambiente que possibilite o desenvolvimento e o aprendizado.
“Continuaremos a política de combate a qualquer forma de preconceito na escola”, destacou.
Durante o programa, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Haddad respondeu a pergunta de radialista sobre o livro “Por uma Vida Melhor”, distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos, cuja abordagem metodológica valoriza a linguagem coloquial e a norma culta.
O ministro da Educação rebateu críticas de que a obra ensinaria a falar errado.
“É um equívoco o que estão dizendo do livro: que ensina a falar a errado. O livro parte de uma situação de fala, mas induz o estudante a se apropriar da norma culta”, disse Haddad.
Para exemplificar, citou a linguagem criada pelos jovens para se comunicar pela internet, adequada para o ambiente virtual, mas que se diferencia da norma culta da língua.
O livro aborda situações de linguagem coloquial, mas estimula o estudante, com exercícios, a traduzir o “português falado” para a norma culta, que deve ser utilizada para a escrita em provas, por exemplo. “Os críticos, infelizmente, não leram o livro”.
Enem – O ministro da Educação também falou sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que tornou-se o principal meio de acesso ao ensino superior no país.
Haddad defendeu a realização de dois exames por ano, oferecendo uma segunda chance para os estudantes que pretendem ingressar no ensino superior.
“Limitar a avaliação a um final de semana durante o ano não parece muito adequado do ponto de vista educacional”.
O MEC divulgou que as provas do Enem 2011 deverão ocorrer nos dias 22 e 23 de outubro e as inscrições entre os meses de julho e agosto.
O exame dá acesso ao Prouni, programa de bolsas de estudos em instituições privadas de ensino e ao Fies, programa de financiamento estudantil que agora não requer mais fiador.
O ministro aconselhou os candidatos a consultarem provas anteriores e a matriz de conteúdos, disponíveis no site do Inep, responsável pelo exame.
Nos últimos oito anos, destacou Haddad, o número de vagas de acesso gratuito no ensino superior quadriplicou. E o governo federal continua investindo na expansão de vagas.
“A democratização do acesso ao ensino superior é uma realidade. Todas as classes sociais têm jovens na universidade. Mudou a cara da universidade”.
Pronatec
O ministro falou ainda sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que vai ampliar a oferta de vagas na educação profissional brasileira, combatendo o desemprego e formando profissionais qualificados para o mercado de trabalho brasileiro.
Para o ministro, a região Nordeste, que vive um momento de crescimento da economia, será particularmente beneficiada pelo programa, preparando os jovens para a nova realidade da região.
Enquanto a lei não é aprovada, o MEC está mapeando a oferta de vagas em todas as escolas técnicas do país. O trabalho deve estar concluído, segundo o ministro, até julho. Além de formar profissionais, o programa pretende combater o desemprego, qualificando trabalhadores, em especial os com mais de 40 anos.
“O programa [Pronatec] tem dois tipos de bolsas. Uma para o aluno do ensino médio e outra para a qualificação de trabalhadores, sobretudo beneficiários do seguro-desemprego”.
Piso do magistério – Respondendo a pergunta de radialista sobre a greve de professores em Santa Catarina, o ministro Haddad citou a criação do piso nacional do magistério como uma das principais conquistas.
“Os professores brasileiros ganham 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior. Se queremos qualidade do ensino, temos que valorizar os professores.”
Para Haddad, o piso é constitucional, é lei e, portanto, deve ser cumprida. Se há dificuldade por parte dos estados, diz o ministro, “que se faça um acordo, estabelecendo um cronograma sério, dentro da realidade orçamentária do estado”.
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