Deputados do Conselho de Ética da Câmara defenderam ontem a abertura de processo imediato contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), filmada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.
A avaliação dos deputados é que, apesar de o vídeo, de 2006, ser anterior ao mandato da deputada, o episódio teve consequência para a sua eleição. Na época, ela era candidata a deputada distrital. Além disso, dizem os parlamentares, o fato só veio a público após ela ser eleita.
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"Se tivesse sido antes, ela teria recebido os votos? Creio que não", disse José Carlos Araújo (PDT-BA), que deve ser eleito hoje presidente do conselho.
Até agora, o entendimento era que fatos cometidos antes do mandato não eram alvo de investigação.
"Nesse caso é diferente, observamos um fio de continuidade", disse o deputado Fernando Ferro (PT-PE), que integrará o conselho.
CAIXA DOIS
Outro ponto que pesa para a abertura de processo é o fato de ela ter admitido, em nota divulgada anteontem, que recebeu dinheiro para caixa dois de campanha.
"Ela é ré confessa, admitiu que recebeu dinheiro de origem duvidosa e não declarado. Tudo isso tem que ser apurado", afirmou Abelardo Camarinha (PSB-SP), outro integrante do colegiado.
O conselho será instalado hoje e pelo menos o PSOL já disse que deve apresentar pedido de investigação.
Além disso, o corregedor-geral da Casa, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), confirmou que vai abrir processo que depois será enviado ao Conselho de Ética.
"São fatos gravíssimos, as imagens falam por si só. Por isso é importante que a Câmara dê uma resposta à sociedade", disse.
CONSELHO
Entre os integrantes do Conselho de Ética, pelo menos três têm problemas com a Justiça, respondendo a inquéritos ou ações penais no Supremo: Vinícius Camarinha (PSB-SP), Marcos Medrado (PDT-BA) e Wladimir Costa (PMDB-BA).
O primeiro se defende dizendo que ainda não tem nenhuma condenação e tudo está sendo gradativamente arquivado a partir da realização dos julgamentos. Os outros dois não foram localizados.
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