O Conseleite/MS (Conselho Paritário entre Produtores e Indústrias de Leite de Mato Grosso do Sul) já divulgou a primeira tabela com os valores de referência para o leite produzido no Estado no mês de janeiro e a previsão para o mês de fevereiro. Para o mês em curso, os valores para o litro do leite, considerando a qualidade e a quantidade do produto, são de R$ 0,5441 (abaixo do padrão), R$ 0,5713 (padrão) e R$ 0,6284 (acima do padrão) para produção de até 100 litros por dia, enquanto para produção acima de mil litros por dia os preços são de R$ 0,6284 (abaixo do padrão), R$ 0,6570 (padrão) e R$ 0,7141 (acima do padrão).
“Essa tabela permite uma transparência maior a toda a cadeia produtiva, evitando conflito entre os elos”, analisou a presidente do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul), Milene de Oliveira Nantes, lembrando que, geralmente, os laticínios recolhem o leite em um determinado mês e fazem o pagamento no mês subseqüente. “Por isso, o Conseleite vai divulgar duas tabelas, a do mês anterior fechada e a previsão do mês em curso, assim, tanto a indústria, quanto o produtor rural podem se programar”, disse, informando que a tabela referência está disponível no site do Silems (www.silems.com.br) e no da Famasul (www.famasul.com.br).
O presidente do Conseleite, Edgar Pereira, destacou que até o dia 20 de cada vez uma nova tabela será divulgada pela entidade. “A previsão do mês em curso é baseada nos dez primeiros dias e o produto sem aproveitamento não é contemplado pela tabela”, disse, lembrando que a estruturação do conselho utiliza a expertise da UFPR (Universidade Federal do Paraná), que desenvolveu a metodologia para implantação da entidade no Paraná. “A UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) também está envolvida no trabalho, além do Silems e da Famasul”, reforçou.
Edgar Pereira completa ainda que a tabela não visa estabelecer o preço do produto, pois, cada indústria tem o seu mix, sendo apenas uma referência para os dois elos da cadeia produtiva do leite. Além disso, afirma, os custos de fabricação e comercialização dos derivados foram calculados com base em levantamento censitário realizado pela instituição de pesquisa conveniada junto a todas as empresas participantes, que foi submetido à avaliação e aprovação da Camatec e do Conselho. “Esses custos foram determinados para 11 derivados lácteos após ponderação e pelo volume produzido e comercializado dos diversos tipos de embalagens. O levantamento dos dados considerou um período de 12 meses e foi o mesmo do custo agrícola”, acrescentou.
Milene Nantes destaca que esse trabalho, com certeza, vai dar mais visibilidade para a indústria de Mato Grosso do Sul. “Todos poderão ter visão de mercado e visualizar melhor como ele está caminhando”, declarou, pontuando que a participação do Silems no Conselho é fundamental. “Sem o Silems a proposta seria inviabilizada. Vimos que as indústrias se animaram em participar e conseguimos com os produtores instituir o Conselho, que fornecerá referência confiável para uma negociação justa”, ressaltou, informando que atualmente o Estado produz cerca de 1,3 milhão de litros de leite por dia, alcançando expressivos 500 milhões de litros por ano e cerca de 30% dessa produção é enviada para fora do Estado in natura, enquanto os outros 70% são processados pelas 85 indústrias lácteas que produzem um mix de 20 produtos.
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