O comércio eletrônico, assim como o convencional, tem no Natal aumento na procura. Apenas no mês de dezembro, os sites de compras devem movimentar R$ 600 milhões em compras, de acordo com a Camara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico).
O período deve registrar 2,5 milhões de compras, mais de 60% superior aos demais meses do ano, quando o varejo on-line registra 1,5 milhão de compras. O faturamento do mês é cerca de 50% maior que nos outros meses do ano. Segundo o consultor de varejo eletrônico da Camara-e.net Gastão Mattos as compras se concentram na primeira quinzena de dezembro, especialmente entre os dias 12 e 15.
Os itens mais procurados, segundo Mattos, ainda são Cds e DVDs. Mas o setor deve lucrar mais com aparelhos eletrônicos, como TVs e vídeo games. "Neste ano a Tv de plasma é o objeto de desejo dos consumidores, mas o celular ainda tem espaço para crescer e a troca de aparelho é quase anual para alguns clientes", disse. O parcelamento da compra e as promoções realizadas pelas lojas on-line são os atrativos apontados por Mattos para garantir o crescimento das vendas.
O diretor comercial da Metropolitan Logística, José Magalhães, disse que a empresa entrega cerca de 400 mil aparelhos de celular por mês em todo o país. Entre novembro e dezembro, esse número chega a 700 mil.
Os eletroeletrônicos, segundo ele, têm 60% de suas vendas concentradas no segundo semestre. A empresa deve registrar nesse ano faturamento de R$ 60 milhões, contra R$ 55 milhões em 2005.
Para evitar atrasos no recebimento do produto nesta época de aumento de compras a dica de Magalhães é comprar com pelo menos sete dias úteis antes do Natal. O prazos de entrega variam de um a quatro dias úteis, dependendo da região do país.
Para o consultor da Camara.e-net Gastão Mattos o consumidor deve consultar na loja as condições e prazos de entrega antes de efetivar o pedido. "O comprador habitual sabe do aumento na procura nesta época. A loja também pode avisar de tiver com prazo maior de entrega", disse.
Entre as dicas para evitar problemas com a compra está a escolha por lojas grandes e conhecidas, que garantam a entrega do produto e suas condições.
Magalhães disse que o índice de devolução por produto danificado é menor que 0,5% na Metropolitan. "A entrega pela internet é economia de tempo e de dinheiro", disse.
Para Mattos, o crescimento do setor também é explicado pela variedade de produto e pelas ofertas das empresas.
Segundo o Cert.br (centro de estudos de segurança) as fraudes financeiras na internet cresceram 579% em 2005 na comparação com 2004. Os bancos registraram prejuízos de R$ 300 milhões com as fraudes eletrônicas.
O diretor executivo da OS&T Informática e especialista em fraudes digitais, Sérgio Leandro, disse que nesse período aumenta a ocorrência de invasores.
"É justamente neste período que os invasores aproveitam da movimentação no comércio eletrônico para confundir o e-consumidor e roubar os dados confidenciais como números de documentos, cartões de crédito e senhas. Com as informações, assumem a identidade digital do internauta e realizam inúmeras compras on-line e operações bancárias em nome da pessoa lesada", disse Leandro.
Para evitar as invasões, o especialista sugere que o internauta não responda a e-mails que solicitem informações pessoais, não clique em links suspeitos, altere as senhas com freqüência usando números e letras e faça negócios com empresas conhecidas e de confiança.
Ao fazer uma compra pela internet, Leandro orienta que o consumidor verifique se o endereço da página está correto observando o endereço real no canto inferior esquerdo do browser e se as informações estão asseguradas, devendo aparecer um pequeno cadeado no canto inferior direito.
Folha Online
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