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Brasil

Comprador de dossiê seria assessor de Lula

18 Set 2006 - 07h18
O advogado Gedimar Passos, preso na última sexta-feira, deu à Polícia Federal o nome do integrante do PT que teria negociado suposta operação de compra do dossiê contra os candidatos do PSDB para o governo de São Paulo, José Serra, e para a Presidência da República, Geraldo Alckmin. Segundo declarou, em depoimento à PF, um homem chamado "Froude" ou "Freud" foi quem o orientou a pagar R$ 1,75 milhão pelo documento, com supostas informações envolvendo os políticos no esquema de venda de ambulâncias superfaturadas. O dossiê também comprometeria o sucessor de Serra no ministério da Saúde, o tucano Barjas Negri, e ainda políticos do PT e de outros partidos da base aliada do governo.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, que teve acesso ao teor do depoimento, o suposto mandante da operação seria dono de uma empresa de segurança no eixo Rio-São Paulo, mas Gedimar não soube dizer se essa pessoa tem influência no PT. A PF tem indícios que apontam para Freud Godoy, assessor de gabinete da Presidência e ex-coordenador de segurança em todas as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.

Segundo integrantes do Diretório Nacional do PT, Freud é um dos donos de uma empresa de segurança que presta serviços ao partido. Ele foi procurado pela reportagem neste domingo, mas não foi localizado.

Gedimar e o empresário Valdebran Padilha, ligado ao PT, foram presos na sexta-feira com R$ 1,75 milhão em um hotel da capital paulista. Eles tinham uma reunião agendada com o empresário Luiz Antônio Vedoin e seu tio, Paulo Roberto Trevisan, que teriam o dossiê. Um dos sócios da Planam, empresa apontada como pivô do escândalo dos sanguessugas, Luiz Antônio Vedoin, também foi preso, bem como o tio.

No depoimento à PF, Gedimar e Padilha disseram que o dinheiro veio de um representante do PT de São Paulo, supostamente integrante da Executiva Nacional - de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Gedimar descreveu também os dois emissários do partido que teriam efetuado a entrega do dinheiro: o primeiro seria um desconhecido e teria entregue R$ 1 milhão no estacionamento do hotel onde o advogado estava hospedado, na véspera da prisão. O segundo teria entregue o restante do dinheiro e teria se identificado como "André".

Ainda de acordo com Gedimar, parte dos recursos teria vindo de um órgão de imprensa que divulgaria o dossiê com exclusividade - a revista IstoÉ publicou reportagem sobre o dossiê no último fim de semana e nega envolvimento como caso. Vedoin, disse o advogado, iria entregar o material também à Justiça Federal de Mato Grosso. No dia 14, o advogado do empresário protocolou na Justiça do Estado documentos que relacionariam envolvimento de um empresário ligado ao ex-ministro Negri com o esquema dos sanguessugas.

O advogado contou também que os Vedoin queriam inicialmente R$ 20 milhões pelo material, mas acabaram aceitando, após uma série de negociações, R$ 1,75 milhão. Luiz Antônio Vedoin teria condicionado a liberação do material ao pagamento prévio e teria procurado o PT para negociar a venda do dossiê porque estaria precisando levantar fundos, já que os bens da família foram indisponibilizados pela Justiça. O suposto negócio acabou não se concretizando - os Vedoin não receberam o dinheiro e teriam entregue, preliminarmente, um CD vazio e informações que já eram de conhecimento público.

Ao ser preso, Paulo Trevisan tinha uma pasta com fotos com Serra participando, como ministro da Saúde, de cerimônia de entrega de ambulâncias com deputados acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Também havia referências a um vídeo desse ato público.

De acordo com a Folha de S.Paulo, com base nos depoimentos, Gedimar atuaria como pagador, e Valdebran, como recebedor dos recursos, representando a família Vedoin.

 

 

Terra

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