Começou às 14h17 desta segunda-feira (22) a escolha dos sete jurados que irão decidir o futuro do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo. Eles serão selecionados dentro de um grupo de 40 pessoas selecionadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e que compareceram ao fórum nesta segunda.
Este foi o primeiro passo do julgamento que deve durar até cinco dias. Os Nardoni são acusados de matar a menina Isabella, na época com cinco anos, após jogá-la do sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008.
Após a constituição dos jurados, começam a ser ouvidas as testemunhas de acusação e da defesa, nesta ordem. Ao todo, foram convocadas 24 pessoas para serem ouvidas.
A previsão do TJ é que, no primeiro dia, a sessão seja interrompida às 21h. É possível que nem todas as testemunhas sejam ouvidas na segunda-feira. Na terça-feira (23), o julgamento deve ser retomado por volta de 9h. Após o final dos depoimentos, os réus serão interrogados. Depois disso, serão feitos os debates da defesa e da acusação.
O juiz então consulta os jurados sobre as dúvidas e formula as perguntas que eles devem responder sobre o crime. Essas sete pessoas se reúnem então em uma sala secreta para votação. A sentença é o último passo. Pode ser que a decisão só saia na próxima sexta-feira (26).
Acusação
A acusação será feita pelo promotor Francisco Cembranelli. Ele se diz confiante na condenação dos réus.
- Tenho confiança no trabalho que foi feito. Houve a construção de um acervo probatório bastante encorpado, isso é o que será apresentado. Acredito na qualidade desse trabalho, possível de convencer o júri que tem a responsabilidade de julgar.
A principal testemunha de acusação é a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, que acredita que foi por causa do ciúme da madrasta que sua filha acabou morrendo.
Defesa
Do outro lado da sala, o advogado Roberto Podval vai tentar convencer o júri de que a “perícia trabalhou para fechar uma história que já estava pronta”. Para isso, convocou sete peritos que atuaram no caso, além de investigadores de polícia.
- A documentação foi feita para arrumar uma história que estava feita.
Contudo, o defensor ressalta que seu trabalho será difícil, uma vez que seus clientes já chegam ao julgamento condenados pela opinião pública.
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