Eles injetaram a vacina em ratos que receberam genes humanos para poder desenvolver a doença. Com a vacina, os ratos transgênicos se mostraram capazes de evitar o surgimento das placas que se formam no cérebro e são características da doença.
Os cientistas também descobriram que a substância pode evitar a formação de emaranhados de uma proteína que, acredita-se, consegue destruir as células do cérebro desde seu interior.
Os resultados da pesquisa foram divulgados na revista científica Neuron.
Eliminação
Um dos sintomas do mal de Alzheimer é a formação de depósitos de uma proteína chamada beta amilóide.
Alguns cientistas defendem a teoria de que a beta amilóide leva ao desenvolvimento de uma outra proteína, a tau, que agiria no interior das células cerebrais.
No estudo, os cientistas aplicaram a vacina em ratos geneticamente modificados de modo a terem genes humanos e, assim, desenvolverem as placas que atingem o cérebro quando se tem a doença.
Eles injetaram a droga no hipocampo – área do cérebro responsável pelo aprendizado e pela memória.
As placas desapareceram depois de três dias.
E os emaranhados da proteína tau sumiram dois dias depois que as placas haviam sido destruídas.
Trinta dias depois, as placas estavam começando a se formar novamente, mas as taus, não.
Isso sugere que os emaranhados desta proteína aparecem em uma etapa em que a doença está mais desenvolvida.
Os pesquisadores liderados por Frank LaFerla escreveram em seu artigo que os resultados "indicam que a imunização pode ser útil para eliminar ambas as lesões características do mal de Alzheimer, desde que ela ocorra no seu princípio".
BBC Brasil
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