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Brasil

"Chico Xavier" ganha première em ritmo de show de Daniel Filho

25 Mar 2010 - 05h15Por Uol

Daniel Filho é mais do que um diretor de cinema. Ele se mostrou um verdadeiro showman ao comandar a primeira exibição pública de seu novo filme, “Chico Xavier”, a uma plateia de pouco mais de 1300 pessoas, na noite desta terça (23), no Theatro de Paulínia – cidade que abriga os estúdios onde parte do longa foi rodado.

Com parte de elenco e equipe no palco, ele pede aplausos, recebe-os calorosamente e faz um gesto de vitória com as mãos. Ele parece confiante de que seu “Chico Xavier” tem os elementos certos para ganhar o público e tornar-se a maior bilheteria nacional do ano, conquistando o feito que “Lula, o filho do Brasil”, de Fábio Barreto, prometeu mas não cumpriu

“A emoção de quem quer contar uma história e tem 1.300 pessoas para ouvi-la aumenta as batidas do coração”, disse Daniel, antes de apresentar o elenco que inclui Nelson Xavier, Ângelo Antonio e Giulia Gam.Mas não são apenas os famosos que caíram nas graças do diretor. “Não tem um figurante no elenco que não esteja dando tudo de si. Para mim, todos são atores”, rasga-se em elogios, e ganha pela segunda vez a ovação da plateia.

Os elogios, aliás, se estendem para a cidade e seu polo cinematográfico. “Quero parabenizar a cidade de Paulínia, que está no mapa do cinema brasileiro”, destaca o cineasta, lembrando que em julho do ano passado, enquanto rodava “Chico Xavier”, encerrou a segunda edição do Festival de Paulínia com a pré-estreia de seu longa “Tempos de Paz”.

“Chico Xavier”, que chega aos cinemas de todo o Brasil no próximo dia 2, baseia-se na biografia “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior que, segundo Daniel, também escreverá uma biografia do próprio diretor. “Eu não quero um livro chapa-branca. Já passei para ele (Souto Maio)] uma lista das pessoas que não gostam de mim”.

Daniel contou também que não pensava em dirigir o filme, apenas produzi-lo, pois diz “não ter nada a ver com espiritismo”. “Mas me lembraram de que eu era muito amigo do (diretor de televisão) Augusto César Vanucci e ele era espírita. Isso me estimulou a rodar o longa”.

Já Nelson Xavier, bastante emocionado, foi o único do elenco a falar antes da sessão: “Há 2000 anos alguém disse para amarmos aos outros como nós mesmos. Mesmo para mim, que vivi dentro do ateísmo, isso é uma das maiores bandeiras que podem existir. Chico Xavier levou isso a sério”. “Foi arrebatador viver esse papel, que é uma das melhores coisas da minha vida”, concluiu o ator.

Muitas vidas de Chico e alguns melodramas

“Chico Xavier” é um filme que combina melodrama e biografia do médium mais famoso do Brasil, morto em 2002. O longa começa em meados da década de 1970, quando ele participa do programa “Pinga Fogo”, na extinta TV Tupi. Sua presença no programa de televisão é entrecortada por sua trajetória desde a infância, quando conhecemos personagens como a madrinha má, interpretada por Giulia Gam, e ele toma contato com o espírito de sua mãe.

Ao mesmo tempo, corre na tela a história de um casal, interpretado por Tony Ramos e Christiane Torloni. Eles perderem um filho há pouco, vítima de um acidente com arma de fogo. Ele é um produtor do programa de televisão descrente, e ela está desesperada por um novo contato do filho depois que Chico psicografara uma carta do rapaz.

Ao longo de cerca de duas horas essas histórias se cruzam. Enquanto se acompanha a trajetória do médium, vê-se também algumas horas que irão mudar a vida desse casal.

Como reza o padrão Globo Filmes de qualidade, “Chico Xavier” mostra bem seus valores de produção com direção de arte esmerada, e trilha sonora de Egberto Gismonti. No entanto, os elementos do melodrama, a mãe em busca de contato com o filho, parece desviar um pouco o foco do filme. É como se o roteiro, de Marcos Bernstein, se valesse dessa muleta como moldura para a história do médium. Esse artifício acaba sendo desnecessário, pois a história de Chico Xavier é interessante por si mesma.

Alguns furos no desenvolvimento da narrativa parecem ignorar alguns anos na vida do protagonista, assim como a presença de alguns personagens cuja função custa muito a esclarecer.

Ao final, como muitas vezes acontece, a realidade é melhor do que a ficção. Algumas das histórias que mais parecem inventadas para o filme, como um voo turbulento, são reais. Trechos da participação do verdadeiro Chico Xavier no programa “Pinga Fogo” mostram como ele era uma figura interessante e como Ângelo Antonio e Nelson Xavier fizeram um ótimo trabalho de interpretação.

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