Frustradas com a postura do governo federal, que até o momento não deu sinais de que está disposto a reajustar o salário mínimo além do acordo já estabelecido, as centrais sindicais ameaçam retaliar a gestão da presidenta Dilma Rousseff. Além de prometer mobilizar as lideranças em protestos nas ruas, os sindicatos preveem nova batalha no Congresso contra o reajuste proposto pelo governo.
Além do salário mínimo e da correção da tabela do Imposto de Renda, outros temas guiam as ameaças, como o fim do fator previdenciário, o reajuste das aposentadorias e a redução da jornada de trabalho semanal para 40 horas. A previsão é de que uma derrota das centrais nessa negociação resulte no endurecimento da postura nos debates sobre os demais temas.
O governo já sinalizou que o projeto para o salário mínimo de R$ 545 – as centrais pedem R$ 580 – será enviado ao Congresso com ou sem acordo com os sindicalistas. Nas eleições, os sindicatos ajudaram na mobilização em torno da campanha presidencial petista e ajudaram a levar Dilma ao Palácio do Planalto. Desde o início do governo, entretanto, as centrais passaram a subir progressivamente o tom.
A tendência ficou clara na saída da reunião entre as centrais e o governo, na sexta-feira. “Para implantar essa política de arrocho, vai ter que derrotar o movimento sindical. Essa é a batalha que nós vamos travar. Se for essa a política da presidenta Dilma, terão grandes manifestações nos próximos dias. Essa política é a do passado, que deu em desemprego, que deu em crise”, declarou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, na saída do encontro, onde os presidentes das seis centrais tentaram sem sucesso chegar a um acordo com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Guido Mantega (Fazenda) e Carlos Lupi (Trabalho).
O clima entre os dois lados pode ser medido pelo encontro de Guido Mantega com o líder da Força, deputado da base de apoio do governo federal. Na semana passada, Paulinho assinou nota ironizando uma declaração do ministro, segundo a qual o governo sequer estudava a correção na tabela do IR. O deputado, então, escreveu nota chamando o ministro de insensato e ironizou recente viagem feita por ele a Trancoso, na Bahia, freqüentada, nas palavras do sindicalista, “por parte da elite brasileira”.
Na sexta-feira, à saída da reunião com os ministros, Paulinho foi saudado pelo ministro: “Ouvi você falando de mim. Só falou coisas boas (na entrevista). Estou até com a orelha vermelha”, disse o ministro. Carlos Lupi, ministro do trabalho da cota do PDT que participou da reunião, nem sequer compareceu ao anúncio com os demais ministros para dizer que a negociação seguia emperrada.
Mesmo o tom da Central Única dos Trabalhadores (CUT), tradicionalmente ligada ao PT, tem aumentado nos últimos dias. Se antes a entidade costumava adotar um discurso mais ameno em relação ao governo, agora o presidente Artur Henrique descreve as ações da gestão de Dilma como algo “fora da realidade”.
Além do salário mínimo e da correção da tabela do Imposto de Renda, outros temas guiam as ameaças, como o fim do fator previdenciário, o reajuste das aposentadorias e a redução da jornada de trabalho semanal para 40 horas. A previsão é de que uma derrota das centrais nessa negociação resulte no endurecimento da postura nos debates sobre os demais temas.
O governo já sinalizou que o projeto para o salário mínimo de R$ 545 – as centrais pedem R$ 580 – será enviado ao Congresso com ou sem acordo com os sindicalistas. Nas eleições, os sindicatos ajudaram na mobilização em torno da campanha presidencial petista e ajudaram a levar Dilma ao Palácio do Planalto. Desde o início do governo, entretanto, as centrais passaram a subir progressivamente o tom.
A tendência ficou clara na saída da reunião entre as centrais e o governo, na sexta-feira. “Para implantar essa política de arrocho, vai ter que derrotar o movimento sindical. Essa é a batalha que nós vamos travar. Se for essa a política da presidenta Dilma, terão grandes manifestações nos próximos dias. Essa política é a do passado, que deu em desemprego, que deu em crise”, declarou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, na saída do encontro, onde os presidentes das seis centrais tentaram sem sucesso chegar a um acordo com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Guido Mantega (Fazenda) e Carlos Lupi (Trabalho).
O clima entre os dois lados pode ser medido pelo encontro de Guido Mantega com o líder da Força, deputado da base de apoio do governo federal. Na semana passada, Paulinho assinou nota ironizando uma declaração do ministro, segundo a qual o governo sequer estudava a correção na tabela do IR. O deputado, então, escreveu nota chamando o ministro de insensato e ironizou recente viagem feita por ele a Trancoso, na Bahia, freqüentada, nas palavras do sindicalista, “por parte da elite brasileira”.
Na sexta-feira, à saída da reunião com os ministros, Paulinho foi saudado pelo ministro: “Ouvi você falando de mim. Só falou coisas boas (na entrevista). Estou até com a orelha vermelha”, disse o ministro. Carlos Lupi, ministro do trabalho da cota do PDT que participou da reunião, nem sequer compareceu ao anúncio com os demais ministros para dizer que a negociação seguia emperrada.
Mesmo o tom da Central Única dos Trabalhadores (CUT), tradicionalmente ligada ao PT, tem aumentado nos últimos dias. Se antes a entidade costumava adotar um discurso mais ameno em relação ao governo, agora o presidente Artur Henrique descreve as ações da gestão de Dilma como algo “fora da realidade”.
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