O saldo de financiamento de veículos novos e usados por meio de CDC atingiu R$ 140,3 bilhões em dezembro, com crescimento de 49,1% em um ano, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pela Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).
Essa modalidade respondeu por 46% das formas de pagamento de automóveis e comerciais leves em 2010, ante 33% no ano anterior, mas ainda abaixo do montante contabilizado em 2004 (47%).
Já a carteira de leasing mantém a trajetória de declínio, passando de 23% para 11% do total entre 2009 e 2010. O saldo dessa modalidade (R$ 48,3 bilhões) em dezembro fechou em queda de 23,5%. "O leasing é importante para pessoas jurídicas", ressalta Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef, referindo-se principalmente ao desconto no Imposto de Renda para as empresas que optarem por essa modalidade.
As vendas à vista responderam por 37% do total, um pouco abaixo de 2009 (39%), mas com perspectiva de alta devido às medidas de restrição a financiamentos tomadas pelo Banco Central. As novas regras, que têm o objetivo de controlar a inflação, devem dificultar o acesso ao crédito, exigindo, por exemplo, uma renda mínima mais elevada.
"Neste ano, as vendas à vista devem ultrapassar 40%", prevê Almeida, destacando que é a favor das novas regras porque "o estrago que a inflação causa é pior do que o esfriamento nas vendas".
Os emplacamentos de veículos em janeiro (244,9 mil) tiveram redução de 35,8% no confronto com dezembro, com diminuição acima da média histórica contabilizada pela Anfavea (associação das montadoras). As medidas do BC podem ter contribuído também para a retração na participação dos carros populares nos licenciamentos neste início de ano.
A taxa de juros média praticada pelos associados da Anef foi de 1,42% ao mês em dezembro, repetindo o número de novembro. Já considerando todo o mercado, que engloba os bancos comerciais, passou de 1,72% para 1,89%.
O crescimento do endividamento da população não vem acompanhado de inadimplência. A taxa para atrasos acima de 90 dias em operações de CDC ficou em 2,6%, abaixo de novembro (3,0%) e do mesmo mês do ano anterior (4,4%).
O levantamento mostrou ainda que a média dos planos de venda a prazo oferecidos aos clientes foi de 44 meses em dezembro, um a mais do que em novembro.
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