Supermercado ou parque de inovação tecnológica? O destino do imóvel de dez mil metros quadrados, abandonado, na Rua Marquês de São Vicente 104, na Gávea, está incerto e virou caso de polícia. A prefeitura pretende desapropriar o imóvel para reservá-lo ao pólo que abrigaria parcerias entre a PUC e empresas privadas. Mas duas cartas supostamente falsas possibilitaram a compra do terreno pela rede de supermercados Mundial e se tornaram tema de investigação da 15 DP (Gávea).
Em 2000, quando o imóvel pertencia à empresa da área química Dow Brasil, um decreto municipal declarou o terreno como bem de utilidade pública para fins de desapropriação. Isso deu à prefeitura prioridade sobre a compra do imóvel e uma ação para definir o valor a ser pago tramita na Justiça desde janeiro de 2003. Entretanto, no primeiro semestre deste ano, o município recebeu duas cartas em que os remetentes, alegando representar a PUC, desistiam do projeto. Isso levou o município a publicar, no último dia 7 de junho, um decreto revogando a decisão de 2000.
— Não sabemos quem mandou a primeira carta. A segunda, enviada para confirmar a primeira, partiu de um funcionário da PUC, que foi demitido — afirmou o professor Pimenta Bueno, uma das pessoas à frente do projeto do parque de inovação.
Foram 22 dias até a PUC negar ter enviado as cartas e a prefeitura decretar a volta à situação anterior. Porém, neste período, a Dow Brasil vendeu-o à rede Mundial, que pagou cerca de R$ 13 milhões, quase o dobro do valor que, especula-se, o município está disposto a pagar pelo terreno, que continua em vias de desapropriação na Justiça.
Em nota, o Mundial informou que, mesmo antes da revogação do decreto de 2000, “era de nosso conhecimento que a PUC já não se interessava em manter o projeto”. A rede comunicou ainda que o contrato inicial entre as partes, para reserva de bens, foi firmado no dia 2 de junho, mas levado ao Registro Geral de Imóveis (RGI) no dia 15, após a revogação do decreto que iniciou a desapropriação. A empresa disse também que desconhecia a existência das cartas que possibilitaram a transação.
A procuradoria do município se negou a dar informações a respeito. A assessoria de comunicação da PUC confirmou a existência das cartas, mas não revelou a identidade do funcionário demitido. O delegado da 15 DP, Sérgio Wanderley, prometeu iniciar esta semana as investigações.
A Dow Brasil informou apenas que “não tinha planos de construção para o local e que, procurada pelo Mundial, concretizou a venda da propriedade em junho deste ano.” A empresa comunicou desconhecer a existência das cartas que possibilitaram a venda do terreno na Gávea.
Em 2000, quando o imóvel pertencia à empresa da área química Dow Brasil, um decreto municipal declarou o terreno como bem de utilidade pública para fins de desapropriação. Isso deu à prefeitura prioridade sobre a compra do imóvel e uma ação para definir o valor a ser pago tramita na Justiça desde janeiro de 2003. Entretanto, no primeiro semestre deste ano, o município recebeu duas cartas em que os remetentes, alegando representar a PUC, desistiam do projeto. Isso levou o município a publicar, no último dia 7 de junho, um decreto revogando a decisão de 2000.
— Não sabemos quem mandou a primeira carta. A segunda, enviada para confirmar a primeira, partiu de um funcionário da PUC, que foi demitido — afirmou o professor Pimenta Bueno, uma das pessoas à frente do projeto do parque de inovação.
Foram 22 dias até a PUC negar ter enviado as cartas e a prefeitura decretar a volta à situação anterior. Porém, neste período, a Dow Brasil vendeu-o à rede Mundial, que pagou cerca de R$ 13 milhões, quase o dobro do valor que, especula-se, o município está disposto a pagar pelo terreno, que continua em vias de desapropriação na Justiça.
Em nota, o Mundial informou que, mesmo antes da revogação do decreto de 2000, “era de nosso conhecimento que a PUC já não se interessava em manter o projeto”. A rede comunicou ainda que o contrato inicial entre as partes, para reserva de bens, foi firmado no dia 2 de junho, mas levado ao Registro Geral de Imóveis (RGI) no dia 15, após a revogação do decreto que iniciou a desapropriação. A empresa disse também que desconhecia a existência das cartas que possibilitaram a transação.
A procuradoria do município se negou a dar informações a respeito. A assessoria de comunicação da PUC confirmou a existência das cartas, mas não revelou a identidade do funcionário demitido. O delegado da 15 DP, Sérgio Wanderley, prometeu iniciar esta semana as investigações.
A Dow Brasil informou apenas que “não tinha planos de construção para o local e que, procurada pelo Mundial, concretizou a venda da propriedade em junho deste ano.” A empresa comunicou desconhecer a existência das cartas que possibilitaram a venda do terreno na Gávea.
Globo Online
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