A alta carga tributária cobrada em Mato Grosso do Sul, faz com que muitos empresários sintam-se desmotivados e enfrente dificuldades de re-investimento, melhoria de salários e concessão de benefícios aos funcionários.
“Eu queria ganhar 10% de salário do que eu pago de imposto”, esse é o desabafo de um funcionário que prefere não se identificar por questões de segurança. Ele que tem indústria e comércio na área ambiental, acredita que uma carga tributária menor seria melhor para todos.
“A carga tributária que pagamos é pesadíssima. Pagamos alíquota entre 12% e 17% de ICMS, mais 9,25% em cima do PIS [Programa de Integração Social] e Confins [Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social] e no caso da indústria, o imposto é maior, pois ainda há a tributação de 5% de IPI [Imposto sobre Produto Industrializado], ou seja, pagamos muito imposto e o retorno é muito pequeno”, explica.
Ele acredita que se a tributação fosse menor, seria possível não só contratar mais mão de obra, como também ampliar a valorização do trabalhador. “Se eu pagasse menos imposto, com certeza poderia pagar um salário melhor".
O empresário Carlos Ishikao também entende dessa maneira. Ele que trabalha no ramo de alimentação, acredita que toda essa carga tributária acaba caindo para o consumidor final.
“São várias alíquotas pagas, nosso estado ainda não é auto-suficiente em abastecimento de hortifrutigranjeiros, por exemplo, eu tenho que trazer de fora e pago imposto que automaticamente é repassado para toda cadeia econômica”, reflete.
Para Ishikao a mudança tributária é um caminho que pode melhorar isso. “A mudança tributária é essencial para essa mudança. Pode melhorar toda a cadeia econômica e deixar o preço final mais atrativo. Essa é uma questão de interesse de toda comunidade”, afirma.
Trabalhador
Para o trabalhador, o pagamento de impostos também é oneroso. Uma família de quatro pessoas com renda per capta de um salário mínimo [total de R$ 2.040] e com patrimônio de R$ 50 mil reais, trabalha 156 dias por ano somente para pagar impostos.
Sobre o salário recebido, o trabalhador aqui ilustrado paga R$ 160,79 [7,88%]. Uma taxa que poderia ser considerada até baixa, porém, sobre o consumo geral de R$ 1.920 [despesas básicas e gerais], o Trabalhador pagou R$ 626,10 [30,69%] em impostos embutidos no preço final de produtos e serviços.
Por mês, em média, o Trabalhador da nossa matéria paga R$ 911,89 em impostos, o que representa 44,7% do salário recebido. E além do trabalhador, o empregador também paga imposto sobre o salário pago ao empregado.
No caso do nosso “Trabalhador”, o empregador dele pagou mais R$ 896,78, ou 43,96% do salário. Fazendo as contas, os dois juntos pagaram R$ 1.808,68 ou o equivalente a 88.66% do salário pago ao trabalhador que ganha quatro salários mínimos.
Quem quiser calcular o valor pago em impostos pode acessar a “calculadora do imposto” no http://www.ibpt.com.br/olhoImposto/
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