Exatamente cinco anos depois de os caminhoneiros brasileiros terem parado o País em uma greve nacional, que prejudicou o suprimento de alimentos e combustíveis, além de ter ameaçado a economia, o setor voltou a pressionar fortemente o governo. Panfletos já estão sendo distribuídos nas estradas federais conclamando para uma paralisação de 72 horas no próximo dia 25. Desde 24 de junho motoristas e empresários se uniram na Frente Nacional do Transporte Rodoviário, e, mais fortalecido, o movimento elaborou uma lista de 11 reivindicações.
"Não dá mais para aguardar soluções para nossos problemas principais", avisa o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo Silva, o China, um dos representantes da Frente. Temendo um "paradão" como o de julho de 1999, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se antecipou ao problema e já está negociando. O primeiro gesto público será um encontro entre o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e representantes da Frente, marcado para amanhã, no seu gabinete.
A estratégia é mostrar que o governo do PT apoia as reivindicações, vai negociar e quer achar soluções. "Estamos tão interessados em resolver os problemas do setor quanto eles", diz o secretário de Política Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportes, José Augusto Valente. "Agora tem diálogo e interesse comum". Com isso, as autoridades querem isolar as lideranças mais radicais e esvaziar a possibilidade de greve. Se ela ocorrer não seria um problema pequeno: 60% das mercadorias do País se movimentam pelas estradas.
As principais reivindicações são rodovias recuperadas, melhores financiamentos e condições de trabalho. Os caminhoneiros pedem também a aplicação da Contribuição sobre Intervenção do Domínio Econômico (Cide) para a recuperação das estradas. O governo responde que já foram liberados R$ 2,7 bilhões para obras em 7 mil quilômetros. Outro pedido é uma nova linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para renovação da frota de caminhões. "As linhas disponíveis são muito ruins, queremos o mesmo tratamento dada aos taxistas; nossa frota está acabada", diz China. (AE).
"Não dá mais para aguardar soluções para nossos problemas principais", avisa o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo Silva, o China, um dos representantes da Frente. Temendo um "paradão" como o de julho de 1999, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se antecipou ao problema e já está negociando. O primeiro gesto público será um encontro entre o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e representantes da Frente, marcado para amanhã, no seu gabinete.
A estratégia é mostrar que o governo do PT apoia as reivindicações, vai negociar e quer achar soluções. "Estamos tão interessados em resolver os problemas do setor quanto eles", diz o secretário de Política Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportes, José Augusto Valente. "Agora tem diálogo e interesse comum". Com isso, as autoridades querem isolar as lideranças mais radicais e esvaziar a possibilidade de greve. Se ela ocorrer não seria um problema pequeno: 60% das mercadorias do País se movimentam pelas estradas.
As principais reivindicações são rodovias recuperadas, melhores financiamentos e condições de trabalho. Os caminhoneiros pedem também a aplicação da Contribuição sobre Intervenção do Domínio Econômico (Cide) para a recuperação das estradas. O governo responde que já foram liberados R$ 2,7 bilhões para obras em 7 mil quilômetros. Outro pedido é uma nova linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para renovação da frota de caminhões. "As linhas disponíveis são muito ruins, queremos o mesmo tratamento dada aos taxistas; nossa frota está acabada", diz China. (AE).
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