Considerada a prima pobre entre as grandes bebidas, a cachaça tem passado por uma "revolução". Com pesados investimentos em marketing e qualidade, o produto está se tornando um produto de grife e ganhando as prateleiras no exterior.
"O nome cachaça hoje é um toque de requinte. Cachaça hoje é uma coisa muito nobre, muito chique, muito elegante de beber", afirma César Rosa, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça.
O Brasil embarca hoje para o exterior 12 milhões de litros de cachaça por ano. Há sete anos, era exportada apenas metade desse volume. Diante da produção nacional, de 1 bilhão de litros, a exportação ainda é pequena, mas os empresários acreditam que esse é um mercado muito promissor.
Para Maria das Vitórias Cavalcanti, diretora de relações internacionais da Pitu – uma das principais exportadoras de cachaça a granel do Brasil – a presença das garrafas da marca nas lojas de duty free da Europa é um passo importante para a expansão desse mercado. "É uma vitrine muito grande. Vendemos muito bem no exterior usando a própria marca – é assim que estamos abrindo novos mercados", afirma. A empresa engarrafa cachaça na Alemanha desde 1971.
Outra marca brasileira, a Sagatiba, também faz sucesso no exterior. A empresa, que exporta a cachaça já pronta para consumo, aposta no marketing para crescer. Uma das estratégias é a degustação diferenciada feita em supermercados. "Normalmente dão destilado puro para você degustar. A gente desenvolveu um formato novo onde a gente coloca o barman no supermercado fazendo", diz Lucas Rodas, diretor internacional da empresa. "Isso tem tido um resultado fenomenal".
Com o sucesso da exportação, outras empresas também estão se aventurando nesse ramo. Com cerca de 90 franquias no Brasil, a Cachaçaria Água Doce está acertando os detalhes para abrir a primeira loja no exterior. O alvo é a Argentina, mas a empresa já tem planos mais ambiciosos. "Mas nós estamos com três estudos prontos – Espanha, Itália e Portugal", comemora o empresário Delfino Golfeto.
Os produtores brasileiros ainda reivindicam, junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), a chamada DOC – denominação de origem controlada. O título transformaria a bebida em exclusividade brasileira – assim como a tequila é uma marca mexicana e a champagne é exclusiva da França.
Os fabricantes também negociam a mudança da classificação da bebida nos Estados Unidos - país que importa quase 2 milhões de litros de cachaça todos os anos. Segundo César Rosa, presidente do instituto brasileiro da cachaça, aquele país classifica a cachaça como rum, o que eleva a tributação incidente sobre o produto. "Isso tira nossa competitividade na geração de recursos para investimento", diz.
G1
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