"É o primeiro experimento no combate ao bicudo no Brasil. Vai beneficiar todo o país e, principalmente, o Nordeste, região tecnologicamente menos favorecida", afirmou à Reuters o pesquisador da Embrapa, Paulo Augusto Vianna Barroso.
O 'pequeno besouro' se alimenta e coloca seus ovos em botões florais novos, elevando o percentual de queda de frutos.
"A pesquisa está baseada na identificação e isolamento de um gene que codifica para uma enzima com potencial inseticida", detalhou a pesquisadora Roseane Cavalcanti dos Santos.
A enzima ataca o colesterol das membranas intestinais do bicudo, interferindo no crescimento e levando-o à morte.
De acordo com ela, o gene inseticida será colocado em plantas de algodão, trazendo uma perspectiva positiva para o controle do inseto. "No momento, (o controle) é feito com aplicações massivas de inseticidas químicos, onerando o sistema de produção e poluindo o meio ambiente. Em termos econômicos, a redução com o uso de inseticidas será significativa considerando-se que dos cerca de 2,5 bilhões de dólares investidos em agrotóxicos em 2002, 28% foram destinados para compra de inseticidas", destacou a pesquisadora.
Segundo a Embrapa, o Brasil gasta atualmente cerca de US$ 900 milhões no controle de insetos do algodão.
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