O Brasil não tem planos de suspender importações de gás natural da Bolívia, disse nesta quarta-feira a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster.
No início do ano, o Brasil reduziu suas importações de gás boliviano para cerca de 20 milhões de metros cúbicos por dia ante 30 milhões, por conta do encolhimento da demanda e um aumento da produção local de gás natural.
"Não estamos considerando parar as importações de gás boliviano. O gás é importante para o Brasil", disse Foster.
As usinas termeléticas do Brasil, cuja maioria opera com gás natural, são acionadas quando as hidrelétricas entram na temporada de seca (de maio a novembro).
No entanto, o País tem registrado volume de chuvas acima do normal para o período, o que manteve os reservatórios das hidrelétricas em bons níveis, reduzindo a demanda por acionamento de termelétricas.
Consumo em alta
Mas o consumo de gás natural no Brasil vem aumentando graças à recuperação no segmento industrial em outubro, informou em coletiva na sede da Petrobras no Rio de Janeiro o gerente-executivo de marketing e comercialização da Petrobras, Antonio Eduardo Monteiro de Castro. Por este motivo, as compras de gás da Bolívia também vêm crescendo.
"Na primeira semana de outubro o consumo foi superior à média de setembro. O mercado industrial está um pouco acima da média", disse Castro em evento para comemorar os 56 anos da Petrobras.
Ele ressaltou que a empresa também precisou de mais gás para fazer testes nos seus terminais de Gás Natural Liquefeito e houve maior despacho de energia para as térmicas no período comparado a setembro.
De acordo com o executivo, que representou a diretora de gás e energia no evento, nos primeiros sete dias de outubro o Brasil comprou em média 24,3 milhões de metros cúbicos diários "com picos de 26,5 milhões de metros cúbicos".
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