“Não tem cabimento Copa América de dois em dois anos. E em plena Eliminatória. Isso não acontecerá mais”, prometeu, e cumpriu, Ricardo Teixeira em Arequipa.
Segundo jornalistas peruanos que estiveram na abertura da Copa América, Ricardo Teixeira bateu pesado com as pequenas associações que desejavam a manutenção da Copa América bienal.
Teixeira estaria à frente de uma tríplice aliança que travaria o torneio. Brasil, Argentina e Uruguai não disputariam mais a competição sul-americana se ela não passasse a ocorrer de quatro em quatro anos.
Os presidentes das pequenas associações perceberam que não tinham como fazer um torneio sem os poderosos do continente. E cederam.
“A Eurocopa em Portugal foi tão badalada porque havia quatro anos de ansiedade. Os portugueses trabalharam para remodelar seus principais estádios de forma tranqüila. O torneio foi bem promovido e o resultado foi excelente. Fora o fato de que as Eliminatórias européias irão começar na verdade só depois da Eurocopa. A América do Sul tem de seguir o mesmo exemplo”, disse Ricardo Teixeira.
“A competição será sensacional porque os verdadeiros craques do mundo estão aqui, no nosso continente. A Copa América tem tudo para ser o torneio mais importante depois do Mundial.”
O presidente da Conmebol, o paraguaio Nicholas Léoz, não toma uma decisão sem consultar Teixeira. Ele sabe do poder econômico que o presidente da CBF tem por trás. A Copa América é uma propriedade da Traffic, de J. Hawilla, empresário e amigo íntimo de Teixeira. O dirigente também mantém contrato da Seleção Brasileira com a influente TV Globo.
A figura de Teixeira tem sido tão importante, que ele está servindo como consultor de uma delicada questão. Políticos mexicanos decidiram investir milhões de dólares para tirar a Copa América de 2007 da Venezuela. Mas a situação não se mostra tão fácil. Os venezuelanos, embora mais pobres, não querem abrir mão do torneio. Os dois lados têm consultado o presidente da CBF a todo instante.
Em várias conversas com Leóz, Teixeira está muito perto de conseguir que a Copa América de 2011 aconteça no Brasil. Seria um laboratório para o Mundial que o País pretende promover em 2014.
Se for mesmo aprovado o Brasil como sede de 2011, o presidente começará a promover reformas nos principais estádios do Brasil.
O primeiro, que é a sua fixação, é o Maracanã. A tendência de imitar Wembley e implodir o ultrapassado estádio carioca e construir um novo não está afastada. Só é necessária uma delicada operação de convencimento da opinião pública e manobra política.
Estadão
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