Esta quantidade prevista inclui um aumento em 30 milhões de notas de cem pesos decidido nesta semana, anunciou a presidente do Banco Central da Argentina, Mercedes Marcó del Pont, perante o agravamento da escassez registrada no último fim de semana.
O vice-presidente da instituição, Miguel Angel Pesce, detalhou nesta terça-feira que, numa primeira etapa, já chegaram à Argentina "cerca de 9 bilhões de pesos (90 milhões de notas de 100) e para completar esta encomenda entrará mais 1 bilhão" nos próximos dias.
"Com esta provisão de notas, a situação de escassez é superada e não voltaremos a repetir os episódios que tivemos que passar em dezembro ou janeiro", assegurou Pesce a uma rádio de Buenos Aires.
O governo de Cristina Kirchner atribuiu a falta de papel-moeda a um maior nível de consumo da população, a uma elevação dos serviços bancários e à forte demanda de dinheiro pelas festas de fim de ano e férias de verão.
Já economistas e políticos opositores consideram que se trata de uma "imprevidência" do Banco Central e que o governo quer esfriar o consumo para controlar a alta inflação.
Um total de 113,131 bilhões de pesos (US$ 28,282 bilhões) em cédulas e moedas de diferentes valores estão em circulação na Argentina, segundo dados do Banco Central de 31 de dezembro.
A Casa da Moeda argentina, que possui maquinaria de 1970, tem uma capacidade de impressão entre 400 milhões e 500 milhões de notas anuais de diferentes valores, enquanto a demanda habitual é de 600 a 700 milhões de moedas neste período. O governo de Kirchner assinou, em novembro, um convênio com a Casa da Moda do Brasil para a impressão das notas.
ESCASSEZ
Muitos dos caixas eletrônicos das principais cidades da Argentina registram falta de notas desde o início de 2011, enquanto nos que estão em funcionamento os clientes extraem uma quantidade maior que a comum, por medo de não conseguir sacar nos dias seguintes.
A diretora do Estudio Bein & Associados, Marina dal Poggetto, disse que o governo deve avaliar "o que tem maior custo político, se a percepção de que faltam cédulas ou criar uma nota de maior valor" que a de cem pesos, o que significaria reconhecer uma inflação superior ao questionado índice oficial.
A inflação acumulada na Argentina entre janeiro e novembro de 2010 chegou a 10%, segundo o criticado índice do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), mas para os economistas privados a taxa é mais que o dobro.
O deputado Francisco de Narváez, um dos líderes do peronismo crítico do governo, disse que a escassez de notas constitui "o "corralito" de Cristina" Kirchner, referindo-se aos impactantes congelamentos de fundos bancários registrados em 2001, durante a pior crise econômica da Argentina.
"Ao não repor notas nos bancos, o governo fez com que as pessoas consumam menos", sustentou De Narváez à rádio Diez.
A Argentina registrou um crescimento de 8,9% no período janeiro-novembro de 2010 e, com exceção do fraco crescimento de 0,9% em 2009, seu Produto Interno Bruto se expande em índices semelhantes desde 2003.
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