Brasil é o país mais empreendedor do G20

O estudo mostra que, no ano passado, pouco mais de 17 pessoas em cada cem na população adulta (de 18 a 64 anos) tinham algum negócio próprio. Esse é o melhor resultado dos 11 anos em que o país participa da pesquisa.

Entre os 17 países membros do G20 (grupo dos 20 países mais industrializados do mundo) que participaram da pesquisa em 2010, o Brasil é o que possui a maior taxa. A China tem 14,4%. A Argentina, 14,2%. A Austrália, 7,8%. Os Estados Unidos, 7,6%.

Entre as nações que formam o Bric (grupo que reúne os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China), o país ainda ganha da Rússia (3,9%). A Índia não participou da pesquisa nos últimos dois anos. Em 2008, a taxa de empreendedorismo da Índia havia sido de 11,5%.

Em 2009, o Brasil havia ficado com um percentual de 15,3%, ocupando a segunda posição no grupo dos G20, abaixo da China com taxa de 18,8%.

Entre os 21,1 milhões de empreendedores brasileiros, 5,9% são de empreendimentos nascentes (dado que considera aqueles desde a fase de planejamento e estruturação até três meses de atividade) e a maioria são de empreendimentos novos (que têm entre três meses e três anos e meio de atividade, considerando como início o pagamento de salários).

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, afirmou que a grande participação dos negócios novos mostra que a grande maioria dos empreendimentos no Brasil está conseguindo superar os primeiros três meses e se manter no mercado.

A pesquisa, chamada de GEM (Global Entrepreneurship Monitor), é feita anualmente pela Associação Global de Pesquisa em Empreendedorismo (Gera, na sigla em inglês), organização composta e dirigida pela London Business School, na Inglaterra, pelo Babson College, dos Estados Unidos, e pela Universidad Del Desarrollo, do Chile, e por representantes dos países participantes do estudo.

A pesquisa é realizada no exterior desde 1999. Sessenta países participaram do estudo em 2010.

No Brasil, foram entrevistadas 2.000 pessoas, de 18 a 64 anos de idade, em 27 cidades de todas as regiões brasileiras nos meses de maio a julho de 2010. No mundo, foram mais de 180 mil.