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Brasil deveria dar refinarias da Petrobras à Bolívia, diz Mo

31 Out 2006 - 16h07

O Brasil devia dar de presente à Bolívia as refinarias da Petrobras, cujo valor está estimado em cerca de US$ 100 milhões, disse na terça-feira o presidente boliviano, Evo Morales.

"Esse preço para o Brasil não é nada, se eu fosse o Brasil daria as refinarias de presente", disse Morales.

O presidente boliviano afirmou que pretende fechar em breve um acordo com o Brasil para a recompra das refinarias, como forma de reverter o "mau negócio" fechado pelo governos bolivianos passados que as venderam.

Morales apelou à amizade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "a quem felicito por sua ratificação, e com certeza a negociação com a Bolívia o prejudicou na campanha".

Segundo ele, a nacionalização dos hidrocarbonetos e os planos de mobilização militar "em nenhum momento eram para fazer faltar gás, e sim para garantir o gás ao Brasil, obrigando o respeito das normas nacionais".

O presidente boliviano também disse que o fechamento dos contratos com as multinacionais, entre elas a Petrobras, evitou uma intervenção militar nas reservas bolivianas de gás natural.

Morales agradeceu o apoio das Forças Armadas à "recuperação dos recursos naturais" e anunciou que na semana que vem submeterá os contratos assinados no fim de semana ao Congresso Nacional, para que sejam ratificados.

"Se alguma empresa não assinasse, estávamos totalmente preparados para exercer nosso direito de propriedade. Dissemos que precisamos de sócios e não de donos para nossos recursos naturais", disse Morales a correspondentes estrangeiros.

"Seguramente teria havido uma ampla mobilização das Forças Armadas para exercer o direito de propriedade, como tem direito qualquer país", acrescentou ele.

Contratos

Oito empresas, entre elas a Petrobras, a espanhola Repsol-YPF e a francesa Total, assinaram dez contratos submetendo-se à nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos e transformando-se em operadoras a serviço da estatal boliviana YPFB, que agora é proprietária de toda a produção.

A assinatura dos contratos "permitiu unir o povo boliviano", disse Morales, ao pedir ao Congresso, de maioria governista, que os ratifique o mais rápido possível.

"Enviaremos os contratos ao Congresso, pois dessa forma agimos de maneira transparente. Vocês sabem que os contratos anteriores nunca foram ratificados pelo Congresso e que o povo boliviano nunca conheceu seu conteúdo, que era totalmente reservado."

A segurança jurídica também depende da conduta das empresas, afirmou ele. "Se elas nos respeitarem, terão todo o respeito e toda a segurança", garantiu.

Além de Lula, Morales agradeceu aos governantes da Argentina, da França e da Espanha pelo apoio político, que considerou decisivo para que as negociações com as petrolíferas tivessem sucesso. Segundo fontes oficiais, os acordos garantiram investimentos de mais de US$ 4 bilhões a médio prazo.

O presidente boliviano afirmou esperar que a nacionalização faça de 2007 um "ano de investimentos" em exploração, produção, industrialização e transporte de hidrocarbonetos, para acelerar o crescimento da Bolívia.

"Nesse passo (...) daqui a 10 ou 15 anos a Bolívia não será mais um país pobrezinho, vai estar cooperando com muitos outros países, com solidariedade."

Morales disse sonhar que a Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, seja um dia "um país como a Suíça."

As exportações de gás, que representam metade das exportações bolivianas, atingirão este ano 2 bilhões de dólares, e as multinacionais ficarão com 18% do total.

 

 

Terra

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